quinta-feira, 24 de março de 2011

Meus primos e eu

Nasci paulistana, mas meu coração é mineiro. Todas as vezes em que estive lá seja visitando minha família, ou a trabalho sinto que aquelas montanhas são o lugar onde eu sempre quis estar.

Como disse em post anterior, Minas fez parte de toda a minha infância, adolescência e sinto uma paz enorme todas as vezes que desembarco em Confins, mesmo sabendo que é a trabalho. Geralmente vou pela manhã, trabalho o dia todo em Betim depois volto. Só de receber o sol e a hospitalidade dos mineiros eu me sinto em casa. Sempre.

Tenho uma história triste, mas que me intriga até hoje. Tive muitos primos e alguns partiram muito cedo. Dois deles fizeram parte de minha infância, "com força". O Cláudio filho do tio Fernandinho, meu tio "cientista", e o Fernando filho da Tia Lita e que pôs pimenta na minha chupeta.

Tinha desde pequena alguns "pressentimentos" que mais tarde confirmei ser mediunidade. Esses meus dois primos eram alguns anos mais velhos que eu, mas pouca coisa e quando eu tinha uns 12 anos eu pressenti que eles iriam embora logo assim como eu.

Sempre falei destas coisas com minha avó Geny, converso com o Giba e também com meus irmãos do centro espírita o qual frequento.

Sempre disse à minha avó que eu, o Cláudio e o Fernando morreríamos entre os 30 e os 37 anos. Minha avó sempre me falava pra eu parar de pensar em "bubiça", mas este sentimento sempre esteve muito forte dentro de mim.

Até que um dia, meu primo Fernando se foi, depois foi meu primo Cláudio. Todo mundo que eu comentei sobre isso acha que é coincidência, mas eu não. Sempre tive a certeza disso, a única dúvida que tenho é o porque de eu estar aqui ainda. Às vezes comento este assunto com o Giba e ele faz graça dizendo que "apostou" na minha premonição, mas olha eu aqui até hoje...rsss

Estudo muito este assunto e até recebi algumas respostas, mas a energia do mundo sempre me fascinou. E o espiritismo lida somente com isso mesmo, a energia.

Eu tenho vontade de receber um sinal, uma mensagem de meus primos do porquê eu fiquei. Sei que eles tem a resposta.

Hoje me peguei lembrando de vocês dois, quando a gente tava em Monlevade. Vocês sempre rindo, aprontando. Saudade boa...amo vocês.

terça-feira, 15 de março de 2011

Meus primeiros bailes

Quando eu passei para o ginásio (5a. série), houve uma mudança bastante significativa. Antes tinha apenas um professor que nos ensinava várias matérias e na quinta série passamos a ter 7 matérias lecionadas por professores diferentes.

Todos os dias eram 5 aulas de 50 minutos e o horário era das 13:30 às 18:00 de segunda a quinta e glória a Deus, na sexta-feira, era das 13:30 às 17:18.

Muitos de minha sala já faziam parte da minha vida escolar desde a primeira série e vieram se juntar outros colegas queridos. Minha turma era a Mônica Massari, a Josefa, a Luciana Satie, a Silvana. Essas as mais próximas. Os meninos eram o Fernando, o Neneca, o Hélcio, o Márcio, o Alexandre. Também eram os mais próximos.

A maior e melhor lembrança desta época era que sempre às sextas-feiras, saíamos as 17:18 e a gente ia pra casa do Neneca, ele tirava o aparelho de som 3 em 1 para a garagem e a gente fazia bailinhos até as 18:00 e voltava para casa.

Detalhe, estes bailes eram somente de música lenta e a gente ficava lá por aproximadamente meia hora dançando dois pra lá e dois pra cá. A mãe dela trazia sempre uma jarra com água e copos, os meninos usavam uma vassoura e quando queriam dançar com uma das meninas que já estavam a bailar entregavam a vassoura ao menino que estava dançando com a gente e as meninas acabavam dançando com todos. Detalhe: todos leia-se 4 meninos.

Ali iniciava-se minha longa vida de bailes que amo até hoje mas vou com menos frequência. Afinal apesar do meu Amore também gostar, não temos mais paciência de ficar à noite toda num baile, numa balada.

Descobrimos agora baladas de sábado à tarde - das 14:00 às 22:00, ou seja, estamos voltando no tempo e frequentando matinee. É uma delícia, samba de raiz, cerveja, gente muito boa e ambiente familiar.

Xi, vou parar de escrever. Conversa mais de tiazinha essa, sô!