Minha casa e a casa do "Seu Carlindo" e "Dona Carminha" eram o nosso QG. Quando não estávamos numa casa, podiam procurar na outra.
Nesta época a turma já tava bem grande. Éramos: Eu, a Adriana, a Isabel, e eventualmente a Inês que era muito séria. Os meninos eram: O Duda, o Ciro, o 1000thon, o Carlindinho, o Naninha, o Edsinho e o Dentinho.
Aos sábados alugávamos várias fitas de vídeo e ficávamos assistindo na casa de Dona Carminha. A gente comprava, esfiha, pizza, coca-cola, pipoca e ficava quase a noite toda.
A gente fazia muita bagunça, o Duda ficava jogando almofadas em todos até que a Dona Carminha falava: "Deixe de tentação menino". Parava por poucos minutos e começava de novo.
Já seu Carlindo queria mesmo era nos recrutar pro dominó. Os mais fanáticos sempre foram o 1000thon e o Naninha.
A tv e o vídeo ficavam em um quarto vazio com colchões. Detalhe o controle remoto da tv era um cabo de vassoura.
Assim eram nossos sábados e às vezes domingos.
Os meninos sempre foram Corinthianos fanáticos como eu, e meus irmãos e meu pai Santistas roxos. Eles iam assistir aos jogos do Santos em casa e ficavam catimbando o Santos para perder. Funcionou 2 vezes, depois meu pai não deixava eles entrarem em dia de jogo. Passional total.
O Ciro sempre jantava às 19h30 e ele mesmo se virava. Comprava pasteizinhos e nuggets e os preparava. Eu e o Dentinho íamos lá quase todos os dias no horário da janta dele e ele nunca nos oferecia e fritava a conta certa pra ele. Adivinha se eu e o Dentinho não roubávamos sua mistura. Ele virava fera. Nunca mexam na comida do Ciro...rsss
Todos nós nos sentíamos em casa, mesmo que os meninos não estivessem. a gente chamava, entrava e ficava lá, ora conversando com a Dona Carminha, ora assistindo televisão, ou simplesmente lendo jornal até que um deles chegassem. Hoje o Ciro mora em BH por conta do trabalho, a Inês casou e infelizmente não temos mais a querida Dona Carminha. Mas a recepção nunca mudou.
Hoje quem nos recebe é o Sr. Carlindo, o Frango, ops, André (raspa do tacho) e quando não está atrás de suas conquistas o 1000thon. Ah e também o Felipe, o papagaio da casa.
Um blog, que não necessariamente respeita regras cronológicas, mas que procura trazer de volta lembranças minhas e das pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida!
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Velha Infância 10
Sempre passávamos alguns dias das férias em Jõao Monlevade-MG. Todas as vezes que íamos pra lá era uma festa.
A gente ficava com duas vós: a Geny e a vó Julieta, casada com meu avô "Seu Zé Fernandes". Ele, assim como meu tio Betão trabalhavam na Belgo Mineira.
Na casa deles, todos os netos eram reis e rainhas e a gente adorava. Minha avó cozinhava no forno à lenha, tinha um pomar no quintal atrás da casa e meu vô era apicultor nas horas vagas.
Todos os dias de manhã, a vó Julieta preparava nosso café da manhã, pão com queijo, bolo e logo depois já emendava o preparo do almoço, que a gente saboreava tomando Guarapan.
A casa ficava em frente à uns taludes que a gente ficava brincando de acampamento com os filhos da vizinha
Dona Lili.
Comia canudinhos de doce de leite, feitos pela esposa do "Seu Dequinha" e adorava quando meu pai e meu avô iam tomar uma cachacinha no bar, pois eu ia junto e ganhava vários doces.
O Joel era neto de minha avó Julieta, mas ela o tratava como filho e ele brincava muito com a gente.
Um dia a gente resolveu fazer um piquenique na montanha em frente à casa dos meus avós, minha vó nos deu lanches, as meninas e meninos da vizinha levaram suco e a gente passou uma tarde tão boa, que esqueceu de voltar. Aí a gente só ouve minha mãe gritar: Gina, Duda, hora de voltar.
Ao lado da casa de meus avós tinha o Hotel Santo Elói e em sua frente um talude cheio de entulhos. Um dia o Zezé, filho da vizinha de minha vó Julieta ficou imitando meu sotaque. Fiquei brava, baixou a Mônica em mim e eu empurrei o Zezé talude abaixo. Não sei como ele não se machucou. Ainda o chamei de porco e disse que porco tinha q ficar no chiqueiro e lá era o lugar dele. Só não apanhei porque minha vó não deixou.
A gente visitava as primas e primos da minha mãe e eu gostava porque sempre tinha uma guloseima pra comer. Depois que comia, achava a conversa chata e ficava louca pra ir embora. O irmão da minha mãe, o Tio Fernandinho que morava na Vila Tanque e eu o achava cientista, pois ele fazia crescer xuxu dentro de garrafas. Minha tia Nilza, sua esposa, fazia as melhores batatas fritas do mundo. Quando voltava à São Paulo eu batia no peito de orgulho ao dizer que tinha um tio cientista.
Tinha também o meu Tio Hélio, surdo-mudo, mas considerado o melhor mecânico de Monlevade. Ele era muito carinhoso, assim como meu Tio Beto que era meu xodó, até depois que ele casou com a Margareth, minha tia querida também não larguei do pé dos dois.
Eles tinham muitos amigos e todos iam nos visitar.
Depois de Monlevade a gente ia pra Itabira, casa de minha Tia Lita e meu Tio Geraldo. Lá tinha uns primos maiores que nós e outros de nossa idade. Tinha o Ely, o Geraldo José, a Eliana e o Fernando e a Elaine eram da nossa idade. O Fernando sempre escondia minha chupeta e a gente vivia em pé de guerra. Uma vez a gente tava indo embora e eu desesperada com a chupeta. O Fernando trouxe e coloquei-a na boca. ele saiu correndo pois ele tinha posto pimenta na minha chupeta. Isso rendeu anos de mágoa besta, pois nunca mais falei com ele. Anos mais tarde, só falava oi e tchau. Ele ficou doente, infelizmente faleceu e hoje percebo como fiz errado. Coisas de criança, são coisas pra lembrar e rir. Pena que não pude rir com ele por puro orgulho.
A casa da tia dava fundos para um asilo e nossa diversão era ficar olhando os velhinhos. Tinha a Deuzita uma senhora que tinha problemas mentais como a maioria dos velhinhos de lá. Todas as vezes que a gente olhava mexíamos com ela pra ela nos xingar. Ela jogava na gente tudo que tinha na frente e às vezes eram pedras. Nesta hora a Tia Lita saía no quintal e mandava a gente descer do muro. No asilo também tinha a Bala Doce, uma senhora que não podia nos ver que pedia "uma bala doce".
Eu a a Elaine, nos correspondíamos por cartas, contando as novidades. Coisas de criança. Tempos bons.
Tinha a Neoci e o Filhinho, vizinhos dos meus tios. Seus filhos Islen, o Jose, que até grande também chupava chupetas como eu e o raspinha do tacho q não lembro o nome.
No casamento não sei se do Ely ou do Gerlado José, nós fomos e minha vó Geny também. A desagradável da Neoci ficou tirando sarro da bolsa da minha vó Geny. Até hoje acho o fim uma pessoa desrespeitar os idosos. Minha porção Mônica se manifestou, pois vi que minha vó ficara chateada, mas ela era adulta e meus pais ensinaram a respeitar os mais velhos. Mas meu respeito por ela acabou ali, pra sempre.
Em Itabira a gente visitava a Tia Peixinha, ia ao Valério Doce. Perto da casa da minha Tia tinha uma doceria que desfalcava o bolso do meu pai.
Qaundo minha Tia Lita tinha uns 49, 50 anos, nasceu a Thelma a mais que raspa do tacho. Ela é afilhada dos meus pais e tinha uma voz rouca quando era pequena. Uma vez meu Tio, minha Tia e Thelma vieram aqui pra São Paulo. Fomos visitar minha avó Geni na chácara e meu pai passou em um sinal vermelho. Ela soltou essa com sua vozinha rouca: "Meu padrinho é fogo, passou no sinal vermelho". Todo mundo riu e isso rendeu histórias por muito tempo. Nem sei se ela lembra disso.
Adorava quando minha tia vinha ou eu ia, poi ela sempre costurou MUITO e sempre fazia vestidos e roupas pra mim. Interesseira né?
A gente ficava com duas vós: a Geny e a vó Julieta, casada com meu avô "Seu Zé Fernandes". Ele, assim como meu tio Betão trabalhavam na Belgo Mineira.
Na casa deles, todos os netos eram reis e rainhas e a gente adorava. Minha avó cozinhava no forno à lenha, tinha um pomar no quintal atrás da casa e meu vô era apicultor nas horas vagas.
Todos os dias de manhã, a vó Julieta preparava nosso café da manhã, pão com queijo, bolo e logo depois já emendava o preparo do almoço, que a gente saboreava tomando Guarapan.
A casa ficava em frente à uns taludes que a gente ficava brincando de acampamento com os filhos da vizinha
Dona Lili.
Comia canudinhos de doce de leite, feitos pela esposa do "Seu Dequinha" e adorava quando meu pai e meu avô iam tomar uma cachacinha no bar, pois eu ia junto e ganhava vários doces.
O Joel era neto de minha avó Julieta, mas ela o tratava como filho e ele brincava muito com a gente.
Um dia a gente resolveu fazer um piquenique na montanha em frente à casa dos meus avós, minha vó nos deu lanches, as meninas e meninos da vizinha levaram suco e a gente passou uma tarde tão boa, que esqueceu de voltar. Aí a gente só ouve minha mãe gritar: Gina, Duda, hora de voltar.
Ao lado da casa de meus avós tinha o Hotel Santo Elói e em sua frente um talude cheio de entulhos. Um dia o Zezé, filho da vizinha de minha vó Julieta ficou imitando meu sotaque. Fiquei brava, baixou a Mônica em mim e eu empurrei o Zezé talude abaixo. Não sei como ele não se machucou. Ainda o chamei de porco e disse que porco tinha q ficar no chiqueiro e lá era o lugar dele. Só não apanhei porque minha vó não deixou.
A gente visitava as primas e primos da minha mãe e eu gostava porque sempre tinha uma guloseima pra comer. Depois que comia, achava a conversa chata e ficava louca pra ir embora. O irmão da minha mãe, o Tio Fernandinho que morava na Vila Tanque e eu o achava cientista, pois ele fazia crescer xuxu dentro de garrafas. Minha tia Nilza, sua esposa, fazia as melhores batatas fritas do mundo. Quando voltava à São Paulo eu batia no peito de orgulho ao dizer que tinha um tio cientista.
Tinha também o meu Tio Hélio, surdo-mudo, mas considerado o melhor mecânico de Monlevade. Ele era muito carinhoso, assim como meu Tio Beto que era meu xodó, até depois que ele casou com a Margareth, minha tia querida também não larguei do pé dos dois.
Eles tinham muitos amigos e todos iam nos visitar.
Depois de Monlevade a gente ia pra Itabira, casa de minha Tia Lita e meu Tio Geraldo. Lá tinha uns primos maiores que nós e outros de nossa idade. Tinha o Ely, o Geraldo José, a Eliana e o Fernando e a Elaine eram da nossa idade. O Fernando sempre escondia minha chupeta e a gente vivia em pé de guerra. Uma vez a gente tava indo embora e eu desesperada com a chupeta. O Fernando trouxe e coloquei-a na boca. ele saiu correndo pois ele tinha posto pimenta na minha chupeta. Isso rendeu anos de mágoa besta, pois nunca mais falei com ele. Anos mais tarde, só falava oi e tchau. Ele ficou doente, infelizmente faleceu e hoje percebo como fiz errado. Coisas de criança, são coisas pra lembrar e rir. Pena que não pude rir com ele por puro orgulho.
A casa da tia dava fundos para um asilo e nossa diversão era ficar olhando os velhinhos. Tinha a Deuzita uma senhora que tinha problemas mentais como a maioria dos velhinhos de lá. Todas as vezes que a gente olhava mexíamos com ela pra ela nos xingar. Ela jogava na gente tudo que tinha na frente e às vezes eram pedras. Nesta hora a Tia Lita saía no quintal e mandava a gente descer do muro. No asilo também tinha a Bala Doce, uma senhora que não podia nos ver que pedia "uma bala doce".
Eu a a Elaine, nos correspondíamos por cartas, contando as novidades. Coisas de criança. Tempos bons.
Tinha a Neoci e o Filhinho, vizinhos dos meus tios. Seus filhos Islen, o Jose, que até grande também chupava chupetas como eu e o raspinha do tacho q não lembro o nome.
No casamento não sei se do Ely ou do Gerlado José, nós fomos e minha vó Geny também. A desagradável da Neoci ficou tirando sarro da bolsa da minha vó Geny. Até hoje acho o fim uma pessoa desrespeitar os idosos. Minha porção Mônica se manifestou, pois vi que minha vó ficara chateada, mas ela era adulta e meus pais ensinaram a respeitar os mais velhos. Mas meu respeito por ela acabou ali, pra sempre.
Em Itabira a gente visitava a Tia Peixinha, ia ao Valério Doce. Perto da casa da minha Tia tinha uma doceria que desfalcava o bolso do meu pai.
Qaundo minha Tia Lita tinha uns 49, 50 anos, nasceu a Thelma a mais que raspa do tacho. Ela é afilhada dos meus pais e tinha uma voz rouca quando era pequena. Uma vez meu Tio, minha Tia e Thelma vieram aqui pra São Paulo. Fomos visitar minha avó Geni na chácara e meu pai passou em um sinal vermelho. Ela soltou essa com sua vozinha rouca: "Meu padrinho é fogo, passou no sinal vermelho". Todo mundo riu e isso rendeu histórias por muito tempo. Nem sei se ela lembra disso.
Adorava quando minha tia vinha ou eu ia, poi ela sempre costurou MUITO e sempre fazia vestidos e roupas pra mim. Interesseira né?
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