domingo, 13 de fevereiro de 2011

Velha Infância 17

Minha mãe e a Tereza viviam se juntando em algumas tardes do mês para fazer bolos para eu, o Duda, o Hélder e o Victor.

Elas passavam a tarde inteira assando, recheando e a gente de minuto a minuto ia perguntar se estavam prontos.

Geralmente era mais que um bolo, e a especialidade delas era um bolo de amendoin (maravilhoso) e o bolo de Coca-Cola.

Depois de terminar elas dividiam os bolos na metade, uma metade de cada bolo para cada uma e a gente podia saborear.

Minha mãe sempre falava que o bolo estava quente, que precisava gelar. Sinônimo para, só vão comer depois da janta.

Como as horas demoravam a passar...

A gente jantava e aí podia saborear os bolos, e eles duravam uns 3 dias. Depois que acabavam a gente atormentava para elas fazerem mais.

Fora os bolos, minha mãe sempre nos fazia uns pasteizinhos de massa e queijo parmesão que nos esperavam chegar da escola quentinhos. Até hoje elas os faz, mas como não moro mais lá, só como quando ela faz e estou por lá ou quando ela guarda um pouquinho pra mim.

Faz também pães de minuto, saladas de carne, uma delícia.

Minha mãe cozinha muito bem, não tão bem como minha avó Geny, sua mãe, mas está bem acima da média.

Eu não gosto muito de cozinhar por obrigação, meu marido coitado sofre com isso, pois não faço comida todos os dias, faço somente quando quero. Porém quando faço, é com tanto amor que a comida sai sempre saborosa.

Quando eu era mais nova, gostava de fazer bolos e todos os aniversários na casa da Adriana eu era convocada pela Alderize, sua mãe, para fazer bolo prestígio.

Hoje em dia sou melhor na comida, do que nos doces e bolos. Perdi a prática.

Ou talvez após quase três anos de casada, não tenha aprendido a usar meu forno.