domingo, 30 de janeiro de 2011

Velha Infância 15

Quando chegava os finais de semana de verão, a gente sempre ia tomar os famosos sorvetes da ia Ditinha.

A "sorveteria" da tia Ditinha era na garagem de sua casa e era uma máquina daquelas que tem o suco artificial em tubos, a gente escolhia o sabor e ela fazia a mágica de sair sorvete.

A gente tomava um, dois, o quanto aguentávamos.

Não existe na Catarina quem não tenha tomado o sorvete da Tia Ditinha.

Até criei uma comunidade no Orkut e depois repassei a administração da comunidade para a Viviane.

Ela era uma senhora alegre, seu marido era um senhor que eu achava ser bem mais velho que ela e hoje penso que ele tinha Mal de Parkinson.

Ela tinha um filho adotivo, que acabou com a sorveteria após ela adoecer. Uma pena.

Na entrada da escola tinha o Seu Zé do carrinho que vendia doces, balas, arrozinho rosa, dip´lik e tudo o que era porcaria. A gente adorava.

Ele ficava lá na entrada e na saída e morava na minha rua. Talve por conhecer os nossos pais, a galera da minha rua até tinha conta no Seu Zé.

Acho que ele não é mais vivo, mas adoçou a vida de muitos alunos do Comenius.

Ah tinha o sorvete quente, um pirulito em formato de sorvete, que a gente comprava e ficava chupando a tarde inteira até a hora de ir embora. Era de açucar queimado, colorido artificialmente de rosa.

Não era igual ao da tia Ditinha que refrescava, mas era muito bom.

Nosso bairro tinha muitos atrativos para os que gostavam de doces. Além da Tia Ditinha e do Seu Zé, tinha o Jerônimo que fazia balas de coco que eram de comer rezando. Minha mãe encomendava para nós, mas bastava sobrar uns trocadinhos a gente corria no Jerônimo para comprar um pouquinho de bala.

Tinha também a perua do padeiro, que vendia pães doces, roscas e bisnaguinhas que eram as nossas preferidas lá em casa.

Um dia, o Fábio, muito pequeno fez questão de ir pegar as bisnaguinhas na perua e saiu levando uma sacolinha. Chegando lá ele disse "quero 8 nhaguinha". Minha mãe da janela ajudou o padeiro e confirmou o pedido, 8 bisnaguinhas.

Não posso esquecer da pamonha, pamonha, pamonha, pamonha de Piracicaba. Nunca gostei de pamonha, então essa passagem me era indiferente. Um dia a gente tava em frente à casa da Dri e a Gabi nos disse que não sabia porque ele falava pamonha de Piracicaba, pois Pira nem é a cidade da pamonha. Coisas de Laurinha....

Um comentário:

  1. Adorei...Realmente o Seu Zé adoçou a minha vida, através dele conhecí o dentista, de tanto doce que comia doces, rsrsrs
    E lembrar dos sorvetes da Dona Ditinha e das balas de coco do Seu Jerônimo...é muito bom tudo isso!!!
    Senta que lá vem histórias de Regina..,
    Bjo amiga!

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