quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Velha infância 3

No post anterior, esqueci de falar da Dona Judite e "Seu Bastião", padrinhos do meu irmão Fábio. Eles eram avós da Gilmeire e da Gisele, que nesta época moravam em Guaianases.

Entre a casa de meus pais e a deles tinha um terreno que seu Bastião tomava conta para seu primo Serafim, que a Gilmeire falava Sarafim. Neste terreno, ele guardava sua perua e tinha um barracão de ferramentas e quando a Gilmeire vinha nas férias brincávamos de casinha e corríamos atrás das galinhas e seus pintinhos.

Eu e meu irmão Eduardo, o Duda, acordávamos todos os dias às 5 da manhã, com o seu Bastião ligando sua perua e dando várias aceleradas pra ela esquentar. Afff

Ao lado da casa da Dona Judite, onde hoje tem uma "puta" casa era um terreno baldio que todos chamávamos de mato, pois era depósito de entulho, lixo e tinha muito mato. Era lá que a gente se escondia quando brincava de esconde-esconde e quando a gente ia jogar pedras na casa da Dona Laís, que dava fundos para o mato, toda vez que o Silvinho nos enchia.

Essas pedras sempre acabavam com a Dona Laís indo reclamar e a gente levando uns tapas da minha mãe Geni. Mas tudo isso era legal.

É difícil escrever sobre pessoas que já desapareceram, é triste, mas é o ciclo natural da vida.

Tinha também a esquina da Dona Dirce, mãe do Pedrinho e do Alfredo, dois rapazes bem apessoados e que trabalhavam no banco. Isso era muito chique e dava status naquela época.

Eu e a Cleusa sempre brincávamos de casinha nesta esquina, depositando nossos pratinhos, panelinhas e joguinhos de chá, varríamos o chão e invariavelmente o chato do Luiz Carlos vinha e chutava tudo.

Uma vez dei uma pedrada bem no meio da testa dele, fez um furo e sangrou. Vcs acreditam que apanhei por isso? Tenho certeza que toda a criançada da rua se sentiu vingada. Mãe muita injustiça ter apanhado por fazer justiça.

Quem participava sempre de nossas brincadeiras era a saudosa Andréia, neta da Dona Alzira, outra vizinha nossa.

Ah e tinha mais e mais crianças na rua, a televisão era escassa nesta época...rsss

Tinha a Simone, o Américo, o Marcos (Well) e depois de um tempão o Sérgio. Filhos do saudoso Ademar e da Gilda.

Moraram também em nossa rua o André, seu irmão Rosco (não sei o nome, foi o Fábio que deu este apelido por causa da série Os Gatões).

Nossa casa é de esquina e não era como é hoje, os muros eram baixos, eram 2 quartos, sala, cozinha e banheiro e a porta da cozinha não tinha chave. A gente fechava com "tramela", invenção do meu pai e meu amor maior Isaque. Meus pais tinham na rua particular uma casa que alugavam, primeiro pra Zéfinha de Pedrinhas-SE (ela ficava 40 dias sem levantar, sem tomar banho e sem lavar os cabelos depois do parto), minha mãe ajudava essa coitada. Depois veio a Graça e seus 3 filhos e depois a Solange, a Etelvina e o Vicente. Agora esta casa foi derrubada e hoje é o Bar do Isaque!!!!!

Um comentário:

  1. Gina...Caraca...tem muitas pessoas que eu nem me lembrava mais...muitas já se foram. Que Deus a tenham em um bom lugar.
    Agora, faltou colocar a Bruxa do 71, kkkk, me esquecí o nome dela, morava ao lado da casa da Dona Dirce...
    Ahhh, adorei a pedrada no Luis...rsrsrsrsrs
    Bjs

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