Quando chegava os finais de semana de verão, a gente sempre ia tomar os famosos sorvetes da ia Ditinha.
A "sorveteria" da tia Ditinha era na garagem de sua casa e era uma máquina daquelas que tem o suco artificial em tubos, a gente escolhia o sabor e ela fazia a mágica de sair sorvete.
A gente tomava um, dois, o quanto aguentávamos.
Não existe na Catarina quem não tenha tomado o sorvete da Tia Ditinha.
Até criei uma comunidade no Orkut e depois repassei a administração da comunidade para a Viviane.
Ela era uma senhora alegre, seu marido era um senhor que eu achava ser bem mais velho que ela e hoje penso que ele tinha Mal de Parkinson.
Ela tinha um filho adotivo, que acabou com a sorveteria após ela adoecer. Uma pena.
Na entrada da escola tinha o Seu Zé do carrinho que vendia doces, balas, arrozinho rosa, dip´lik e tudo o que era porcaria. A gente adorava.
Ele ficava lá na entrada e na saída e morava na minha rua. Talve por conhecer os nossos pais, a galera da minha rua até tinha conta no Seu Zé.
Acho que ele não é mais vivo, mas adoçou a vida de muitos alunos do Comenius.
Ah tinha o sorvete quente, um pirulito em formato de sorvete, que a gente comprava e ficava chupando a tarde inteira até a hora de ir embora. Era de açucar queimado, colorido artificialmente de rosa.
Não era igual ao da tia Ditinha que refrescava, mas era muito bom.
Nosso bairro tinha muitos atrativos para os que gostavam de doces. Além da Tia Ditinha e do Seu Zé, tinha o Jerônimo que fazia balas de coco que eram de comer rezando. Minha mãe encomendava para nós, mas bastava sobrar uns trocadinhos a gente corria no Jerônimo para comprar um pouquinho de bala.
Tinha também a perua do padeiro, que vendia pães doces, roscas e bisnaguinhas que eram as nossas preferidas lá em casa.
Um dia, o Fábio, muito pequeno fez questão de ir pegar as bisnaguinhas na perua e saiu levando uma sacolinha. Chegando lá ele disse "quero 8 nhaguinha". Minha mãe da janela ajudou o padeiro e confirmou o pedido, 8 bisnaguinhas.
Não posso esquecer da pamonha, pamonha, pamonha, pamonha de Piracicaba. Nunca gostei de pamonha, então essa passagem me era indiferente. Um dia a gente tava em frente à casa da Dri e a Gabi nos disse que não sabia porque ele falava pamonha de Piracicaba, pois Pira nem é a cidade da pamonha. Coisas de Laurinha....
Um blog, que não necessariamente respeita regras cronológicas, mas que procura trazer de volta lembranças minhas e das pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida!
domingo, 30 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Velha Infância 14
Minha mãe quando pequena também ia com minha avó Geny passar as férias em João Monlevade matar as saudades de meu avô "Sô" Zé Fernandes.
Ela foi a "incendiária" de Monlevade. É parece título de "As Cariocas", mas não é. O incêndio foi bem mineirinho.
Não sei direito com quem ela brincava, só me lembro q ela brincava com a "Paricida" que deve ser neta da vó Julieta.
Jõao Monlevade é uma cidade que eu amo, parte de minhas raízes estão lá, mas não se desenvolveu. Imagina como era na época da minha mãe.
Tinha uma estrada de ferro que minha mãe e a "Paricida" sempre davam umas fugidinhas pra ver o trem passar. Um belo dia, as duas belas foram para a linha do trem com uma caixinha de fósforo. Lá havia umas casinhas de sapé beirando a linha.
Minha mãe e "Paricida" ficaram jogando fósforo e o trem passando. De repente o teto da casinha começou a pegar fogo. Não sabemos se foi faísca do trem ou o palito de fósforo.
Só sei que elas correram que não foi vida, e subiram a ladeira do Hotel Santo Elói a tempo de assistir de longe o desespero das pessoas para apagar o fogo.
Todo mundo ficou desesperado e elas nunca contaram a ningúem sobre o fósforo. Não sei como minha vó Geny e minha vó Julieta sabiam. Tanto que contaram pra gente tempos mais tarde!
Minha mãe nega de pé junto que não é verdade, mas eu acho que minha mãe foi incendiária sim.
A vó Julieta era uma pessoa muito simples e de bom coração. Na família ouvia a chamarem de papa-defuntos, pois, não havia morto na cidade que ela não fosse velar.
Cada um tem sua mania né?
A Elaine, minha prima, sempre foi muito bonita e chamava atenção desde pequena. Minha vó Julieta a chamava de minha "lindra", ao invés de linda, mas era muito carinhoso.
Posso contar um segredo? A gente tirava sarro da coitada toda vez que ela, chamava a Elaine de minha "lindra".
Ela foi a "incendiária" de Monlevade. É parece título de "As Cariocas", mas não é. O incêndio foi bem mineirinho.
Não sei direito com quem ela brincava, só me lembro q ela brincava com a "Paricida" que deve ser neta da vó Julieta.
Jõao Monlevade é uma cidade que eu amo, parte de minhas raízes estão lá, mas não se desenvolveu. Imagina como era na época da minha mãe.
Tinha uma estrada de ferro que minha mãe e a "Paricida" sempre davam umas fugidinhas pra ver o trem passar. Um belo dia, as duas belas foram para a linha do trem com uma caixinha de fósforo. Lá havia umas casinhas de sapé beirando a linha.
Minha mãe e "Paricida" ficaram jogando fósforo e o trem passando. De repente o teto da casinha começou a pegar fogo. Não sabemos se foi faísca do trem ou o palito de fósforo.
Só sei que elas correram que não foi vida, e subiram a ladeira do Hotel Santo Elói a tempo de assistir de longe o desespero das pessoas para apagar o fogo.
Todo mundo ficou desesperado e elas nunca contaram a ningúem sobre o fósforo. Não sei como minha vó Geny e minha vó Julieta sabiam. Tanto que contaram pra gente tempos mais tarde!
Minha mãe nega de pé junto que não é verdade, mas eu acho que minha mãe foi incendiária sim.
A vó Julieta era uma pessoa muito simples e de bom coração. Na família ouvia a chamarem de papa-defuntos, pois, não havia morto na cidade que ela não fosse velar.
Cada um tem sua mania né?
A Elaine, minha prima, sempre foi muito bonita e chamava atenção desde pequena. Minha vó Julieta a chamava de minha "lindra", ao invés de linda, mas era muito carinhoso.
Posso contar um segredo? A gente tirava sarro da coitada toda vez que ela, chamava a Elaine de minha "lindra".
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Velha Infância 13
A amizade de nossa turma se consolidava a cada dia e a gente tinha certeza de que nada nem ninguém iria nos separar. Doce ilusão adolescente, a vida tem um rumo para cada um de nós. Muitos passam pela nossa vida, mas poucos ficam.
Aos 14 anos meus pais já me deixavam viajar com a Adriana, Isabel e a Nana. Mas a gente sempre ia acompanhada de algum adulto. Geralmente era a mãe da Adriana.
Num carnaval fomos para a praia numa sexta-feira. Cidade Ocean.
Alugamos a casa e a Dona Alderize, a tia da Adriana e o Humberto iriam no sábado pela manhã.
Quando chegamos à casa, vimos que no quintal eram duas casas e na outra havia vários "caras". Um deles tinha um Gol GTI (era "o carro" na época) e a gente achou o máximo.
Mas éramos meninas, bichos do mato e nos trancamos em nossa casa, com "medo" dos meninos. Ficamos apovaradas quando vimos que as duas casas eram separadas por uma porta e os meninos ficavam pedindo pra gente abrir. A gente nem dormiu direito de "medo", foguinho pra dizer a verdade. E só sossegamos quando a mãe da Dri e sua tia chegaram.
Íamos à praia e quando a gente voltava, os meninos estavam lá no quintal com o som na maior altura. A tia da Adriana ficava brava com o barulho e vivia gritando com os meninos que tiravam o maior sarro. Ela falava "os maloqueiros são da Vila Sabrina", a gente ficava com vergonha, mas tudo bem.
A gente viajava com o dinheirinho contado, mas suficiente para tomar um sorvetinho, um suco, enfim se divertir.
Uma tarde fomos à sorveteria e a Nana foi a única que não tomou sorvete. A gente ficou com a pulga atrás da orelha porque ela era tão canguinha.
Neste dia a gente tava falando muitas bobagens e o sorvete da Adriana estava derretendo e a Isabel saiu com essa: "Seu sorvete tá tendo um "ÓRGAMOS", em vez de dizer orgasmo. A gente riu até e voltou pra casa porque a Nana ia fazer escova (é acreditem na praia ela fazia escova) pra gente ir pular carnaval no Ocean Praia Clube à noite.
A gente tava animadíssima para o baile, pensando quantos gatinhos a gente ia encontrar. Mas enquanto a Nana se arrumava a gente mexeu nas coisas dela e a Adriana encontrou um "bolo" de dinheiro escondido numa blusa da Nana. Pão dura!
Aqui no litoral, as pessoas tinham mania de jogar bexiguinhas d´agua nas outras. Como a gente estava indo pro baile, resolvemos ir pelo calçadão da praia para que ninguém jogasse nada na gente.
A gente tava toda desencanada de shortinho e chinelos e a Nana tava maquiada, de saltinho e shortinho com cinto. Ela tinha mania de andar de social.
De repente, um cara atravessou a rua com um balde d´agua na mão e jogou na cabeça da Nana. A gente começou a rir e a Nana disse: "Foram jogar justo na mais arrumadinha?" Rsssss
Voltamos pra casa e o Ocian Praia Clube ficou para o dia seguinte. Fomos, o baile era uma porcaria e só tocava "Bandeira Branca" e só tinha tiozinhos. Voltamos antes do fim.
Aos 14 anos meus pais já me deixavam viajar com a Adriana, Isabel e a Nana. Mas a gente sempre ia acompanhada de algum adulto. Geralmente era a mãe da Adriana.
Num carnaval fomos para a praia numa sexta-feira. Cidade Ocean.
Alugamos a casa e a Dona Alderize, a tia da Adriana e o Humberto iriam no sábado pela manhã.
Quando chegamos à casa, vimos que no quintal eram duas casas e na outra havia vários "caras". Um deles tinha um Gol GTI (era "o carro" na época) e a gente achou o máximo.
Mas éramos meninas, bichos do mato e nos trancamos em nossa casa, com "medo" dos meninos. Ficamos apovaradas quando vimos que as duas casas eram separadas por uma porta e os meninos ficavam pedindo pra gente abrir. A gente nem dormiu direito de "medo", foguinho pra dizer a verdade. E só sossegamos quando a mãe da Dri e sua tia chegaram.
Íamos à praia e quando a gente voltava, os meninos estavam lá no quintal com o som na maior altura. A tia da Adriana ficava brava com o barulho e vivia gritando com os meninos que tiravam o maior sarro. Ela falava "os maloqueiros são da Vila Sabrina", a gente ficava com vergonha, mas tudo bem.
A gente viajava com o dinheirinho contado, mas suficiente para tomar um sorvetinho, um suco, enfim se divertir.
Uma tarde fomos à sorveteria e a Nana foi a única que não tomou sorvete. A gente ficou com a pulga atrás da orelha porque ela era tão canguinha.
Neste dia a gente tava falando muitas bobagens e o sorvete da Adriana estava derretendo e a Isabel saiu com essa: "Seu sorvete tá tendo um "ÓRGAMOS", em vez de dizer orgasmo. A gente riu até e voltou pra casa porque a Nana ia fazer escova (é acreditem na praia ela fazia escova) pra gente ir pular carnaval no Ocean Praia Clube à noite.
A gente tava animadíssima para o baile, pensando quantos gatinhos a gente ia encontrar. Mas enquanto a Nana se arrumava a gente mexeu nas coisas dela e a Adriana encontrou um "bolo" de dinheiro escondido numa blusa da Nana. Pão dura!
Aqui no litoral, as pessoas tinham mania de jogar bexiguinhas d´agua nas outras. Como a gente estava indo pro baile, resolvemos ir pelo calçadão da praia para que ninguém jogasse nada na gente.
A gente tava toda desencanada de shortinho e chinelos e a Nana tava maquiada, de saltinho e shortinho com cinto. Ela tinha mania de andar de social.
De repente, um cara atravessou a rua com um balde d´agua na mão e jogou na cabeça da Nana. A gente começou a rir e a Nana disse: "Foram jogar justo na mais arrumadinha?" Rsssss
Voltamos pra casa e o Ocian Praia Clube ficou para o dia seguinte. Fomos, o baile era uma porcaria e só tocava "Bandeira Branca" e só tinha tiozinhos. Voltamos antes do fim.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Velha Infância 12
Na época do ginásio, alguns de nossa turma estavam na mesma série ou em série avançada ou em inferior. Portanto, na escola cada um tinha sua turminha a qual incorporava na entrada, na hora do recreio e na saída.
Chegando em casa, a turma voltava ao seu normal. Ou seja, a gente voltava às amizades da rua.
Estudei com o Naninha desde a primeira até a quinta série. Ele é filho da Dona Dadá e seu pai se chamava Valdomiro, ou seu Miro. Ele era muito divertido, marceneiro e tinha uma Brasília vermelha que algum tempo depois virou "nossa".
O Naninha sempre teve um coração de ouro e a gente abusava dele. Na hora do recreio ele comprava biscoito de polvilho e a gente chegava junto e comia tudo. O coitado ficava sem nada. Até q ele começou a deixar a gente comer e comprar um só pra ele.
Uma vez tivemos que apresentar um teatro de marionetes. O Naninha deu a idéia de a gente apresentar um teatro do "Clube do Bolinha", quem não se lembra de suas dançarinas e do famoso bordão "Um passo para o sucessooooooo!". Seu Miro fez o palco, a Dona Dadá a cortina, nós fizemos as marionetes e o Naninha imitava o Bolinha. Foi um sucesso.
Fora as aulas, o Naninha era amigo a turma da nossa rua. A Dona Dadá fazia pizzas pra gente ir comer lá na casa dela todos os sábados. Ela gostava de ter os filhos e os amigos de seus filhos por perto.
Ela o chamava de Ninha e tinha um cachorro que tratava como filho, o Husky.
Era muito engraçado vê-la na sisudez de mãe e quando estava conversando com as nossas mães falando "bobiças", qua na época eu não entendia.
Até hoje ela não mudou, só que agora fala as "bobiças" pra mim também.
Chegando em casa, a turma voltava ao seu normal. Ou seja, a gente voltava às amizades da rua.
Estudei com o Naninha desde a primeira até a quinta série. Ele é filho da Dona Dadá e seu pai se chamava Valdomiro, ou seu Miro. Ele era muito divertido, marceneiro e tinha uma Brasília vermelha que algum tempo depois virou "nossa".
O Naninha sempre teve um coração de ouro e a gente abusava dele. Na hora do recreio ele comprava biscoito de polvilho e a gente chegava junto e comia tudo. O coitado ficava sem nada. Até q ele começou a deixar a gente comer e comprar um só pra ele.
Uma vez tivemos que apresentar um teatro de marionetes. O Naninha deu a idéia de a gente apresentar um teatro do "Clube do Bolinha", quem não se lembra de suas dançarinas e do famoso bordão "Um passo para o sucessooooooo!". Seu Miro fez o palco, a Dona Dadá a cortina, nós fizemos as marionetes e o Naninha imitava o Bolinha. Foi um sucesso.
Fora as aulas, o Naninha era amigo a turma da nossa rua. A Dona Dadá fazia pizzas pra gente ir comer lá na casa dela todos os sábados. Ela gostava de ter os filhos e os amigos de seus filhos por perto.
Ela o chamava de Ninha e tinha um cachorro que tratava como filho, o Husky.
Era muito engraçado vê-la na sisudez de mãe e quando estava conversando com as nossas mães falando "bobiças", qua na época eu não entendia.
Até hoje ela não mudou, só que agora fala as "bobiças" pra mim também.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Velha Infância 11
Minha casa e a casa do "Seu Carlindo" e "Dona Carminha" eram o nosso QG. Quando não estávamos numa casa, podiam procurar na outra.
Nesta época a turma já tava bem grande. Éramos: Eu, a Adriana, a Isabel, e eventualmente a Inês que era muito séria. Os meninos eram: O Duda, o Ciro, o 1000thon, o Carlindinho, o Naninha, o Edsinho e o Dentinho.
Aos sábados alugávamos várias fitas de vídeo e ficávamos assistindo na casa de Dona Carminha. A gente comprava, esfiha, pizza, coca-cola, pipoca e ficava quase a noite toda.
A gente fazia muita bagunça, o Duda ficava jogando almofadas em todos até que a Dona Carminha falava: "Deixe de tentação menino". Parava por poucos minutos e começava de novo.
Já seu Carlindo queria mesmo era nos recrutar pro dominó. Os mais fanáticos sempre foram o 1000thon e o Naninha.
A tv e o vídeo ficavam em um quarto vazio com colchões. Detalhe o controle remoto da tv era um cabo de vassoura.
Assim eram nossos sábados e às vezes domingos.
Os meninos sempre foram Corinthianos fanáticos como eu, e meus irmãos e meu pai Santistas roxos. Eles iam assistir aos jogos do Santos em casa e ficavam catimbando o Santos para perder. Funcionou 2 vezes, depois meu pai não deixava eles entrarem em dia de jogo. Passional total.
O Ciro sempre jantava às 19h30 e ele mesmo se virava. Comprava pasteizinhos e nuggets e os preparava. Eu e o Dentinho íamos lá quase todos os dias no horário da janta dele e ele nunca nos oferecia e fritava a conta certa pra ele. Adivinha se eu e o Dentinho não roubávamos sua mistura. Ele virava fera. Nunca mexam na comida do Ciro...rsss
Todos nós nos sentíamos em casa, mesmo que os meninos não estivessem. a gente chamava, entrava e ficava lá, ora conversando com a Dona Carminha, ora assistindo televisão, ou simplesmente lendo jornal até que um deles chegassem. Hoje o Ciro mora em BH por conta do trabalho, a Inês casou e infelizmente não temos mais a querida Dona Carminha. Mas a recepção nunca mudou.
Hoje quem nos recebe é o Sr. Carlindo, o Frango, ops, André (raspa do tacho) e quando não está atrás de suas conquistas o 1000thon. Ah e também o Felipe, o papagaio da casa.
Nesta época a turma já tava bem grande. Éramos: Eu, a Adriana, a Isabel, e eventualmente a Inês que era muito séria. Os meninos eram: O Duda, o Ciro, o 1000thon, o Carlindinho, o Naninha, o Edsinho e o Dentinho.
Aos sábados alugávamos várias fitas de vídeo e ficávamos assistindo na casa de Dona Carminha. A gente comprava, esfiha, pizza, coca-cola, pipoca e ficava quase a noite toda.
A gente fazia muita bagunça, o Duda ficava jogando almofadas em todos até que a Dona Carminha falava: "Deixe de tentação menino". Parava por poucos minutos e começava de novo.
Já seu Carlindo queria mesmo era nos recrutar pro dominó. Os mais fanáticos sempre foram o 1000thon e o Naninha.
A tv e o vídeo ficavam em um quarto vazio com colchões. Detalhe o controle remoto da tv era um cabo de vassoura.
Assim eram nossos sábados e às vezes domingos.
Os meninos sempre foram Corinthianos fanáticos como eu, e meus irmãos e meu pai Santistas roxos. Eles iam assistir aos jogos do Santos em casa e ficavam catimbando o Santos para perder. Funcionou 2 vezes, depois meu pai não deixava eles entrarem em dia de jogo. Passional total.
O Ciro sempre jantava às 19h30 e ele mesmo se virava. Comprava pasteizinhos e nuggets e os preparava. Eu e o Dentinho íamos lá quase todos os dias no horário da janta dele e ele nunca nos oferecia e fritava a conta certa pra ele. Adivinha se eu e o Dentinho não roubávamos sua mistura. Ele virava fera. Nunca mexam na comida do Ciro...rsss
Todos nós nos sentíamos em casa, mesmo que os meninos não estivessem. a gente chamava, entrava e ficava lá, ora conversando com a Dona Carminha, ora assistindo televisão, ou simplesmente lendo jornal até que um deles chegassem. Hoje o Ciro mora em BH por conta do trabalho, a Inês casou e infelizmente não temos mais a querida Dona Carminha. Mas a recepção nunca mudou.
Hoje quem nos recebe é o Sr. Carlindo, o Frango, ops, André (raspa do tacho) e quando não está atrás de suas conquistas o 1000thon. Ah e também o Felipe, o papagaio da casa.
Velha Infância 10
Sempre passávamos alguns dias das férias em Jõao Monlevade-MG. Todas as vezes que íamos pra lá era uma festa.
A gente ficava com duas vós: a Geny e a vó Julieta, casada com meu avô "Seu Zé Fernandes". Ele, assim como meu tio Betão trabalhavam na Belgo Mineira.
Na casa deles, todos os netos eram reis e rainhas e a gente adorava. Minha avó cozinhava no forno à lenha, tinha um pomar no quintal atrás da casa e meu vô era apicultor nas horas vagas.
Todos os dias de manhã, a vó Julieta preparava nosso café da manhã, pão com queijo, bolo e logo depois já emendava o preparo do almoço, que a gente saboreava tomando Guarapan.
A casa ficava em frente à uns taludes que a gente ficava brincando de acampamento com os filhos da vizinha
Dona Lili.
Comia canudinhos de doce de leite, feitos pela esposa do "Seu Dequinha" e adorava quando meu pai e meu avô iam tomar uma cachacinha no bar, pois eu ia junto e ganhava vários doces.
O Joel era neto de minha avó Julieta, mas ela o tratava como filho e ele brincava muito com a gente.
Um dia a gente resolveu fazer um piquenique na montanha em frente à casa dos meus avós, minha vó nos deu lanches, as meninas e meninos da vizinha levaram suco e a gente passou uma tarde tão boa, que esqueceu de voltar. Aí a gente só ouve minha mãe gritar: Gina, Duda, hora de voltar.
Ao lado da casa de meus avós tinha o Hotel Santo Elói e em sua frente um talude cheio de entulhos. Um dia o Zezé, filho da vizinha de minha vó Julieta ficou imitando meu sotaque. Fiquei brava, baixou a Mônica em mim e eu empurrei o Zezé talude abaixo. Não sei como ele não se machucou. Ainda o chamei de porco e disse que porco tinha q ficar no chiqueiro e lá era o lugar dele. Só não apanhei porque minha vó não deixou.
A gente visitava as primas e primos da minha mãe e eu gostava porque sempre tinha uma guloseima pra comer. Depois que comia, achava a conversa chata e ficava louca pra ir embora. O irmão da minha mãe, o Tio Fernandinho que morava na Vila Tanque e eu o achava cientista, pois ele fazia crescer xuxu dentro de garrafas. Minha tia Nilza, sua esposa, fazia as melhores batatas fritas do mundo. Quando voltava à São Paulo eu batia no peito de orgulho ao dizer que tinha um tio cientista.
Tinha também o meu Tio Hélio, surdo-mudo, mas considerado o melhor mecânico de Monlevade. Ele era muito carinhoso, assim como meu Tio Beto que era meu xodó, até depois que ele casou com a Margareth, minha tia querida também não larguei do pé dos dois.
Eles tinham muitos amigos e todos iam nos visitar.
Depois de Monlevade a gente ia pra Itabira, casa de minha Tia Lita e meu Tio Geraldo. Lá tinha uns primos maiores que nós e outros de nossa idade. Tinha o Ely, o Geraldo José, a Eliana e o Fernando e a Elaine eram da nossa idade. O Fernando sempre escondia minha chupeta e a gente vivia em pé de guerra. Uma vez a gente tava indo embora e eu desesperada com a chupeta. O Fernando trouxe e coloquei-a na boca. ele saiu correndo pois ele tinha posto pimenta na minha chupeta. Isso rendeu anos de mágoa besta, pois nunca mais falei com ele. Anos mais tarde, só falava oi e tchau. Ele ficou doente, infelizmente faleceu e hoje percebo como fiz errado. Coisas de criança, são coisas pra lembrar e rir. Pena que não pude rir com ele por puro orgulho.
A casa da tia dava fundos para um asilo e nossa diversão era ficar olhando os velhinhos. Tinha a Deuzita uma senhora que tinha problemas mentais como a maioria dos velhinhos de lá. Todas as vezes que a gente olhava mexíamos com ela pra ela nos xingar. Ela jogava na gente tudo que tinha na frente e às vezes eram pedras. Nesta hora a Tia Lita saía no quintal e mandava a gente descer do muro. No asilo também tinha a Bala Doce, uma senhora que não podia nos ver que pedia "uma bala doce".
Eu a a Elaine, nos correspondíamos por cartas, contando as novidades. Coisas de criança. Tempos bons.
Tinha a Neoci e o Filhinho, vizinhos dos meus tios. Seus filhos Islen, o Jose, que até grande também chupava chupetas como eu e o raspinha do tacho q não lembro o nome.
No casamento não sei se do Ely ou do Gerlado José, nós fomos e minha vó Geny também. A desagradável da Neoci ficou tirando sarro da bolsa da minha vó Geny. Até hoje acho o fim uma pessoa desrespeitar os idosos. Minha porção Mônica se manifestou, pois vi que minha vó ficara chateada, mas ela era adulta e meus pais ensinaram a respeitar os mais velhos. Mas meu respeito por ela acabou ali, pra sempre.
Em Itabira a gente visitava a Tia Peixinha, ia ao Valério Doce. Perto da casa da minha Tia tinha uma doceria que desfalcava o bolso do meu pai.
Qaundo minha Tia Lita tinha uns 49, 50 anos, nasceu a Thelma a mais que raspa do tacho. Ela é afilhada dos meus pais e tinha uma voz rouca quando era pequena. Uma vez meu Tio, minha Tia e Thelma vieram aqui pra São Paulo. Fomos visitar minha avó Geni na chácara e meu pai passou em um sinal vermelho. Ela soltou essa com sua vozinha rouca: "Meu padrinho é fogo, passou no sinal vermelho". Todo mundo riu e isso rendeu histórias por muito tempo. Nem sei se ela lembra disso.
Adorava quando minha tia vinha ou eu ia, poi ela sempre costurou MUITO e sempre fazia vestidos e roupas pra mim. Interesseira né?
A gente ficava com duas vós: a Geny e a vó Julieta, casada com meu avô "Seu Zé Fernandes". Ele, assim como meu tio Betão trabalhavam na Belgo Mineira.
Na casa deles, todos os netos eram reis e rainhas e a gente adorava. Minha avó cozinhava no forno à lenha, tinha um pomar no quintal atrás da casa e meu vô era apicultor nas horas vagas.
Todos os dias de manhã, a vó Julieta preparava nosso café da manhã, pão com queijo, bolo e logo depois já emendava o preparo do almoço, que a gente saboreava tomando Guarapan.
A casa ficava em frente à uns taludes que a gente ficava brincando de acampamento com os filhos da vizinha
Dona Lili.
Comia canudinhos de doce de leite, feitos pela esposa do "Seu Dequinha" e adorava quando meu pai e meu avô iam tomar uma cachacinha no bar, pois eu ia junto e ganhava vários doces.
O Joel era neto de minha avó Julieta, mas ela o tratava como filho e ele brincava muito com a gente.
Um dia a gente resolveu fazer um piquenique na montanha em frente à casa dos meus avós, minha vó nos deu lanches, as meninas e meninos da vizinha levaram suco e a gente passou uma tarde tão boa, que esqueceu de voltar. Aí a gente só ouve minha mãe gritar: Gina, Duda, hora de voltar.
Ao lado da casa de meus avós tinha o Hotel Santo Elói e em sua frente um talude cheio de entulhos. Um dia o Zezé, filho da vizinha de minha vó Julieta ficou imitando meu sotaque. Fiquei brava, baixou a Mônica em mim e eu empurrei o Zezé talude abaixo. Não sei como ele não se machucou. Ainda o chamei de porco e disse que porco tinha q ficar no chiqueiro e lá era o lugar dele. Só não apanhei porque minha vó não deixou.
A gente visitava as primas e primos da minha mãe e eu gostava porque sempre tinha uma guloseima pra comer. Depois que comia, achava a conversa chata e ficava louca pra ir embora. O irmão da minha mãe, o Tio Fernandinho que morava na Vila Tanque e eu o achava cientista, pois ele fazia crescer xuxu dentro de garrafas. Minha tia Nilza, sua esposa, fazia as melhores batatas fritas do mundo. Quando voltava à São Paulo eu batia no peito de orgulho ao dizer que tinha um tio cientista.
Tinha também o meu Tio Hélio, surdo-mudo, mas considerado o melhor mecânico de Monlevade. Ele era muito carinhoso, assim como meu Tio Beto que era meu xodó, até depois que ele casou com a Margareth, minha tia querida também não larguei do pé dos dois.
Eles tinham muitos amigos e todos iam nos visitar.
Depois de Monlevade a gente ia pra Itabira, casa de minha Tia Lita e meu Tio Geraldo. Lá tinha uns primos maiores que nós e outros de nossa idade. Tinha o Ely, o Geraldo José, a Eliana e o Fernando e a Elaine eram da nossa idade. O Fernando sempre escondia minha chupeta e a gente vivia em pé de guerra. Uma vez a gente tava indo embora e eu desesperada com a chupeta. O Fernando trouxe e coloquei-a na boca. ele saiu correndo pois ele tinha posto pimenta na minha chupeta. Isso rendeu anos de mágoa besta, pois nunca mais falei com ele. Anos mais tarde, só falava oi e tchau. Ele ficou doente, infelizmente faleceu e hoje percebo como fiz errado. Coisas de criança, são coisas pra lembrar e rir. Pena que não pude rir com ele por puro orgulho.
A casa da tia dava fundos para um asilo e nossa diversão era ficar olhando os velhinhos. Tinha a Deuzita uma senhora que tinha problemas mentais como a maioria dos velhinhos de lá. Todas as vezes que a gente olhava mexíamos com ela pra ela nos xingar. Ela jogava na gente tudo que tinha na frente e às vezes eram pedras. Nesta hora a Tia Lita saía no quintal e mandava a gente descer do muro. No asilo também tinha a Bala Doce, uma senhora que não podia nos ver que pedia "uma bala doce".
Eu a a Elaine, nos correspondíamos por cartas, contando as novidades. Coisas de criança. Tempos bons.
Tinha a Neoci e o Filhinho, vizinhos dos meus tios. Seus filhos Islen, o Jose, que até grande também chupava chupetas como eu e o raspinha do tacho q não lembro o nome.
No casamento não sei se do Ely ou do Gerlado José, nós fomos e minha vó Geny também. A desagradável da Neoci ficou tirando sarro da bolsa da minha vó Geny. Até hoje acho o fim uma pessoa desrespeitar os idosos. Minha porção Mônica se manifestou, pois vi que minha vó ficara chateada, mas ela era adulta e meus pais ensinaram a respeitar os mais velhos. Mas meu respeito por ela acabou ali, pra sempre.
Em Itabira a gente visitava a Tia Peixinha, ia ao Valério Doce. Perto da casa da minha Tia tinha uma doceria que desfalcava o bolso do meu pai.
Qaundo minha Tia Lita tinha uns 49, 50 anos, nasceu a Thelma a mais que raspa do tacho. Ela é afilhada dos meus pais e tinha uma voz rouca quando era pequena. Uma vez meu Tio, minha Tia e Thelma vieram aqui pra São Paulo. Fomos visitar minha avó Geni na chácara e meu pai passou em um sinal vermelho. Ela soltou essa com sua vozinha rouca: "Meu padrinho é fogo, passou no sinal vermelho". Todo mundo riu e isso rendeu histórias por muito tempo. Nem sei se ela lembra disso.
Adorava quando minha tia vinha ou eu ia, poi ela sempre costurou MUITO e sempre fazia vestidos e roupas pra mim. Interesseira né?
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Velha Infância 9
Como escrevi no post anterior, eu era muito brava e minha Tia Lita me chamava de Mônica. Não acho que sou brava. Eu era muito impulsiva, falava demais mas agora estou aprendendo a ser mais diplomática.
Quando eu estudava no Comenius, na quarta-série a Kátia filha da Rute e do Flaviano estudava comigo. Mas sabe quando bate uma antipatia gratuita com a pessoa? Nossos pais são amigos, trabalharam juntos na Adria. Na hora do recreio (hoje é intervalo), a gente sentava no escadão para comer o lanche que às vezes levavávamos de casa e às vezes comprávamos na cantina. Mas era eu e a Kátia nos olharmos e uma pegava no cabelo da outra e puxava, puxava, assim sem motivo. Do jeito que começava, terminava.
Minha professora da quarta séria chamava-se Adelaide e eu não gostava muito dela, pois achava que ela fazia distinção entre os mais ou menos abastados, os mais bonitinhos e os feios. Como não gostava dela, procurava chamar sua atenção.
Tinha uma menina que estudava comigo chamada Iva que faltava demais e um dia me falou que ia faltar porque ia pra Carapicuíba (naquela época eu achava que era o cú do mundo e hoje tenho certeza que é). Na hora da chamada, ao chamar o nome da Iva, eu pra chamar atenção e procurar ser querida disse "professora ela foi pra Carapícuiba". Dona Adelaide, do alto de sua grosseria respondeu com voz de criança: "foi pra Carapicuíba? E daí? O que eu tenho a ver com isso?" Fiquei mal neste dia!
Era também meio Maria vai com as outras. Num dia a gente tinha prova de Geografia e veio a Beatriz, que se dizia minha amiga, e disse que não tinha estudado e que ia responder as questões assim: "Me desculpe mas não sei". Ela tava tirando uma com a minha cara. Eu tinha estudado, mas achei o máximo e respondi em todas as questões - me desculpe mas não sei.
A dona Adelaide trocou as provas para que a gente corrigisse e o Antonio Carlos pegou a minha e quando viu as respostas foi mostrar pra professora. Tomei uma bela chamada, olhei e vi a Beatriz rindo da minha cara e ainda pro cima ela acertou todas. Finalmente dona Adelaide pegou minha prova e disse que na reunião ela ia falar pra minha mãe desculpar mas ela não sabia a minha nota. Passei um bimestre com medo.
Na minha sala tinha também o Valdeci, um menino brigão que vi mexer com meu irmão Duda na hora do recreio. Parti pra cima dele e dei umas porradas. Ele jurou a mim e ao Duda de morte, comecei a chorar. Fomos pra Diretoria, ligaram para minha mãe e para a mãe do Valdeci virem nos buscar. Ele tomou uma suspensão, pois estava com uma faca e eu uma bronca da minha mãe.
Era muito briguenta e não passava mês que eu não brigasse na saída da escola. Era briguenta na rua de casa, tudo pra mim era motivo pra brigar. Mônica com força!
Quando saiu aquela música do Chico Buarque "Joga Pedra na Geni", as brigas se tornaram constantes, pois todos tiravam sarro da minha mãe. E mãe é sagrada!
Tinha um menino que todos os dias ia comprar pão no Seu Onofre, que comprou a Mercearia do Seu Domingos. Quando ele passava em frente de casa gritava: "Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni..."
Minha revolta era grande e fiz um plano com o Duda. A gente ia esperar atrás do carro do meu pai, que agora era uma Brasília Bege zerada, e quando ele gritasse eu e o Duda saíamos detrás do carro. Eu seguraria o Edílson e o Duda daria as porradas.
Plano passado, repassado, mas na hora de colocar em prática o Duda segurou e eu bati. Bati com vontade, com força e ele saiu chorando machucado. Nunca mais cantou.
Anos mais tarde o Camisa de Venus lançou a música "Silvia...piranha". A mãe de Edilson chama-se Sílvia. Se fosse naquela época eu não ia bater, eu ia na porta dele cantar. Chumbo trocado não dói.
Anos depois, ao dar aulas de Química fui sua professora e de seu irmão Edmilson. Contei pro Edmilson e tenho certeza que o irmão tirou-lhe um sarro, pois nunca mais o Edilson falou algo em minhas aulas.
Azar o dele, quem mandou ele tirar sarro da mãe dos outros?
Quando eu estudava no Comenius, na quarta-série a Kátia filha da Rute e do Flaviano estudava comigo. Mas sabe quando bate uma antipatia gratuita com a pessoa? Nossos pais são amigos, trabalharam juntos na Adria. Na hora do recreio (hoje é intervalo), a gente sentava no escadão para comer o lanche que às vezes levavávamos de casa e às vezes comprávamos na cantina. Mas era eu e a Kátia nos olharmos e uma pegava no cabelo da outra e puxava, puxava, assim sem motivo. Do jeito que começava, terminava.
Minha professora da quarta séria chamava-se Adelaide e eu não gostava muito dela, pois achava que ela fazia distinção entre os mais ou menos abastados, os mais bonitinhos e os feios. Como não gostava dela, procurava chamar sua atenção.
Tinha uma menina que estudava comigo chamada Iva que faltava demais e um dia me falou que ia faltar porque ia pra Carapicuíba (naquela época eu achava que era o cú do mundo e hoje tenho certeza que é). Na hora da chamada, ao chamar o nome da Iva, eu pra chamar atenção e procurar ser querida disse "professora ela foi pra Carapícuiba". Dona Adelaide, do alto de sua grosseria respondeu com voz de criança: "foi pra Carapicuíba? E daí? O que eu tenho a ver com isso?" Fiquei mal neste dia!
Era também meio Maria vai com as outras. Num dia a gente tinha prova de Geografia e veio a Beatriz, que se dizia minha amiga, e disse que não tinha estudado e que ia responder as questões assim: "Me desculpe mas não sei". Ela tava tirando uma com a minha cara. Eu tinha estudado, mas achei o máximo e respondi em todas as questões - me desculpe mas não sei.
A dona Adelaide trocou as provas para que a gente corrigisse e o Antonio Carlos pegou a minha e quando viu as respostas foi mostrar pra professora. Tomei uma bela chamada, olhei e vi a Beatriz rindo da minha cara e ainda pro cima ela acertou todas. Finalmente dona Adelaide pegou minha prova e disse que na reunião ela ia falar pra minha mãe desculpar mas ela não sabia a minha nota. Passei um bimestre com medo.
Na minha sala tinha também o Valdeci, um menino brigão que vi mexer com meu irmão Duda na hora do recreio. Parti pra cima dele e dei umas porradas. Ele jurou a mim e ao Duda de morte, comecei a chorar. Fomos pra Diretoria, ligaram para minha mãe e para a mãe do Valdeci virem nos buscar. Ele tomou uma suspensão, pois estava com uma faca e eu uma bronca da minha mãe.
Era muito briguenta e não passava mês que eu não brigasse na saída da escola. Era briguenta na rua de casa, tudo pra mim era motivo pra brigar. Mônica com força!
Quando saiu aquela música do Chico Buarque "Joga Pedra na Geni", as brigas se tornaram constantes, pois todos tiravam sarro da minha mãe. E mãe é sagrada!
Tinha um menino que todos os dias ia comprar pão no Seu Onofre, que comprou a Mercearia do Seu Domingos. Quando ele passava em frente de casa gritava: "Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni..."
Minha revolta era grande e fiz um plano com o Duda. A gente ia esperar atrás do carro do meu pai, que agora era uma Brasília Bege zerada, e quando ele gritasse eu e o Duda saíamos detrás do carro. Eu seguraria o Edílson e o Duda daria as porradas.
Plano passado, repassado, mas na hora de colocar em prática o Duda segurou e eu bati. Bati com vontade, com força e ele saiu chorando machucado. Nunca mais cantou.
Anos mais tarde o Camisa de Venus lançou a música "Silvia...piranha". A mãe de Edilson chama-se Sílvia. Se fosse naquela época eu não ia bater, eu ia na porta dele cantar. Chumbo trocado não dói.
Anos depois, ao dar aulas de Química fui sua professora e de seu irmão Edmilson. Contei pro Edmilson e tenho certeza que o irmão tirou-lhe um sarro, pois nunca mais o Edilson falou algo em minhas aulas.
Azar o dele, quem mandou ele tirar sarro da mãe dos outros?
Velha infância 8
A galera da rua sempre inventava alguma brincadeira para se divertir. Os meninos geralmente jogavam bola que alguns vizinhos chatos não devolviam ou cortavam-na. Coitados não tiveram infância ou esqueceram que também tiveram filhos. As meninas era a casinha ou brincar de concurso de miss com a organização do Gordo.
Algumas vezes as meninas e os meninos brincavam juntos. A gente jogava queimada, esconde-esconde, pega-pega, taco.
Alguns tinham mania de inventar algumas brincadeiras estranhas, como o Américo e o Marcos que ficavam correndo no quarteirão se achando os atletas.
A gente brincava do jogo das pedras, pegava mato para fazer de apito, enfim a gente se arrumava.
Nos natais todos apareciam com um brinquedo novo, fato que gerava brigas, pois muitos queriam brincar e o dono não deixava, bem no estilo "Não, o brinquedo é meu".
Mas teve um ano em que todos da rua ganharam bicicletas novas, o Duda já tinha uma que tinha ficado pequena. Acho que os pais combinaram e todos ganharam Berlinetas (é o modelo de uma bicicleta da Caloy) e as mães puderam ter férias mais tranquilas porque não tinha briga por causa de brinquedo.
A gente ficava com aquela sensação de liberdade e desfalcava o bolso dos pais pra gastar no Brandão das Bicicletas comprando acessórios: fitinhas pra colocar no guidão, buzina, enfeites pra roda. Mas foi um tempo legal.
Uma vez ganhei patins. A gente ficava andando no quintal do Luciano, porque ele também tinha ganhado um e a rua não tinha asfalto e as meninas e meninos babando de fora do portão só na inveja. Ah, os patins eram de 4 rodas e eram reguláveis.
Mas um dia tive compaixão pela minha amiga Adriana e emprestei pra ela andar. Tava de saia a coitada levou um tombo e todo mundo viu sua calcinha. Saiu chorando...rsss
Teve o tempo em que compramos rede e bola de voley e jogávamos todos os sábados e domingos até escurecer. As minhas primas Marcia e Margareth, a Eliana, a Sandrinha e o Ovo, seu irmão, a Lílian e o Marinho também jogavam com a gente. Nesta época veio morar na casa que era da Téia a Elza, o Pedro e a Isabel que esteve com a gente por toda a adolêscencia e viagens.
Ela também teve um irmão raspinha do tacho, o Júlio, que quando ouvia a famosa música do gás saía correndo atrás do caminhão dando tchau igual as crianças do comercial.
Depois veio o tempo do ping-pong, que começou com uma mesa improvisada com compensado, aí fizemos uma vaquinha e compramos uma mesa e raquetes oficiais.
Na época do ping-pong, além da nossa turma agregaram-se também o Ciro, o Milton e o Carlindinho, o Célio, o Baixinho, o Waguinho, o Walter, filhos da Rute e do Flaviano, o João Carlos e o Hertz, um primo torto meu, o Marcos Harana, o Naninha e o Japaloko queria jogar mas a gente não deixava porque ele era encrenqueiro.
O Hertz morava com a mãe Valdice, que era arrumadeira lá nos Jardins e trazia sempre bolinhas e as melhores raquetes.
A Margareth e ele começaram a ficar e se transformou em namoro. Como ele ia sempre à minha casa, meu tio Coquinho (pai da Márcia e da Margareth) tinha ciúme. Um dia ele tava sentado na casa da minha prima, meu tio chegou e falou pra ele "levanta seu cabra sem qualidade". Coitado do menino, ele ainda não trabalhava mas era um car legal.
Nesta época, começamos com as paquerinhas, as bobeiras de menina. A Adriana era a mais assanhadinha, ficava paquerando o baixinho e ele foi seu primeiro namorado. A gente usava a calçada da Adriana para fofocar sobre nossas paqueras. A Sônia era apaixonada pelo Américo, a Adriana pelo Baixinho, eu pelo Célio e a Isabel pelo Naninha. Mais tarde descobrimos que o Naninha era fachada, seu coração baria pelo irmão da Dri, o humberto.
O que a gente não sabia era que o Carioca e o Humberto ficavam ouvindo nossas conversas pela janela do quarto da mãe da Dri e o Humberto ainda lia o diário dela.
Eles eram a tentação em pessoa, um dia fizeram vários corações na minha rua, escrito Gina ama Célio e foram contar pra ele. Imagina como fiquei brava, minha tia Lita sempre me chamou de Mônica porque eu sou brava. Então imagina? Peguei um paralelepípedo e joguei no Carioca.
Dias depois, a mãe da Adriana, Alderize foi perguntar pra minha mãe se eu tava brava com o Humberto e minha mãe não sabia porquê. ela contou que eu gostava do Célio e o Humberto tinha contado pra ele. Começou meu inferno.
Minha mãe dizia, "não sabe lavar uma louça, já quer namorar o Célio, não sabe arrumar uma casa, já quer namorar o Célio". Como ela me torturou.
O resultado disso foi que eu jogava junto com o Célio, filho do saudoso seu Mané que meu pai considerava um irmão, mas não me dirigia a ele.
Hoje dou risada disso tudo. Da nossa turma fui a quem menos namorou. Oh meninas namoradeiras essas minhas amigas.
Ah e o hoje eu cumprimento o Célio e vejo que ele não era aquele Deus que eu pensava em ir ao cinema e ficar de mãos dadas. Porque naquele tempo nossa idéia de namoro era isso, ficar na calçada de mãos dadas, ir ao cinema de mãos dadas. Beijo pra gente só depois do noivado.
Como tudo mudou...
Algumas vezes as meninas e os meninos brincavam juntos. A gente jogava queimada, esconde-esconde, pega-pega, taco.
Alguns tinham mania de inventar algumas brincadeiras estranhas, como o Américo e o Marcos que ficavam correndo no quarteirão se achando os atletas.
A gente brincava do jogo das pedras, pegava mato para fazer de apito, enfim a gente se arrumava.
Nos natais todos apareciam com um brinquedo novo, fato que gerava brigas, pois muitos queriam brincar e o dono não deixava, bem no estilo "Não, o brinquedo é meu".
Mas teve um ano em que todos da rua ganharam bicicletas novas, o Duda já tinha uma que tinha ficado pequena. Acho que os pais combinaram e todos ganharam Berlinetas (é o modelo de uma bicicleta da Caloy) e as mães puderam ter férias mais tranquilas porque não tinha briga por causa de brinquedo.
A gente ficava com aquela sensação de liberdade e desfalcava o bolso dos pais pra gastar no Brandão das Bicicletas comprando acessórios: fitinhas pra colocar no guidão, buzina, enfeites pra roda. Mas foi um tempo legal.
Uma vez ganhei patins. A gente ficava andando no quintal do Luciano, porque ele também tinha ganhado um e a rua não tinha asfalto e as meninas e meninos babando de fora do portão só na inveja. Ah, os patins eram de 4 rodas e eram reguláveis.
Mas um dia tive compaixão pela minha amiga Adriana e emprestei pra ela andar. Tava de saia a coitada levou um tombo e todo mundo viu sua calcinha. Saiu chorando...rsss
Teve o tempo em que compramos rede e bola de voley e jogávamos todos os sábados e domingos até escurecer. As minhas primas Marcia e Margareth, a Eliana, a Sandrinha e o Ovo, seu irmão, a Lílian e o Marinho também jogavam com a gente. Nesta época veio morar na casa que era da Téia a Elza, o Pedro e a Isabel que esteve com a gente por toda a adolêscencia e viagens.
Ela também teve um irmão raspinha do tacho, o Júlio, que quando ouvia a famosa música do gás saía correndo atrás do caminhão dando tchau igual as crianças do comercial.
Depois veio o tempo do ping-pong, que começou com uma mesa improvisada com compensado, aí fizemos uma vaquinha e compramos uma mesa e raquetes oficiais.
Na época do ping-pong, além da nossa turma agregaram-se também o Ciro, o Milton e o Carlindinho, o Célio, o Baixinho, o Waguinho, o Walter, filhos da Rute e do Flaviano, o João Carlos e o Hertz, um primo torto meu, o Marcos Harana, o Naninha e o Japaloko queria jogar mas a gente não deixava porque ele era encrenqueiro.
O Hertz morava com a mãe Valdice, que era arrumadeira lá nos Jardins e trazia sempre bolinhas e as melhores raquetes.
A Margareth e ele começaram a ficar e se transformou em namoro. Como ele ia sempre à minha casa, meu tio Coquinho (pai da Márcia e da Margareth) tinha ciúme. Um dia ele tava sentado na casa da minha prima, meu tio chegou e falou pra ele "levanta seu cabra sem qualidade". Coitado do menino, ele ainda não trabalhava mas era um car legal.
Nesta época, começamos com as paquerinhas, as bobeiras de menina. A Adriana era a mais assanhadinha, ficava paquerando o baixinho e ele foi seu primeiro namorado. A gente usava a calçada da Adriana para fofocar sobre nossas paqueras. A Sônia era apaixonada pelo Américo, a Adriana pelo Baixinho, eu pelo Célio e a Isabel pelo Naninha. Mais tarde descobrimos que o Naninha era fachada, seu coração baria pelo irmão da Dri, o humberto.
O que a gente não sabia era que o Carioca e o Humberto ficavam ouvindo nossas conversas pela janela do quarto da mãe da Dri e o Humberto ainda lia o diário dela.
Eles eram a tentação em pessoa, um dia fizeram vários corações na minha rua, escrito Gina ama Célio e foram contar pra ele. Imagina como fiquei brava, minha tia Lita sempre me chamou de Mônica porque eu sou brava. Então imagina? Peguei um paralelepípedo e joguei no Carioca.
Dias depois, a mãe da Adriana, Alderize foi perguntar pra minha mãe se eu tava brava com o Humberto e minha mãe não sabia porquê. ela contou que eu gostava do Célio e o Humberto tinha contado pra ele. Começou meu inferno.
Minha mãe dizia, "não sabe lavar uma louça, já quer namorar o Célio, não sabe arrumar uma casa, já quer namorar o Célio". Como ela me torturou.
O resultado disso foi que eu jogava junto com o Célio, filho do saudoso seu Mané que meu pai considerava um irmão, mas não me dirigia a ele.
Hoje dou risada disso tudo. Da nossa turma fui a quem menos namorou. Oh meninas namoradeiras essas minhas amigas.
Ah e o hoje eu cumprimento o Célio e vejo que ele não era aquele Deus que eu pensava em ir ao cinema e ficar de mãos dadas. Porque naquele tempo nossa idéia de namoro era isso, ficar na calçada de mãos dadas, ir ao cinema de mãos dadas. Beijo pra gente só depois do noivado.
Como tudo mudou...
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Velha infância 7
Junto com minha avó, trabalhava a Luzia que era copeira nascida em Itajubá.
Houve uma época que a chácara estava em reforma e os donos alugaram uma casa no Itaim Bibi mesmo.
Era um sobradão e tinha as dependências dos empregados que residiam lá: minha avó e a Luzia.
A Luzia era muito boazinha e não lembro de ela comentar sobre parentes a não ser a Jarina. No mais, eu a achava solitária.
Gostava dela, pois ela me dava doces também, me ensinava colocar a mesa, a ordem dos talheres, quando colocar uma lavanda na mesa, enfim eu a considerava da minha família.
Uma vez, durante meu tempo ocioso vi que a porta do quarto da Luzia estava aberta e vi uma bela cesta de flores artificiais, parecendo aquelas flores que a gente chupava o melzinho.
Achei muito bonita, apalpei, vi que a flor era dura, mas saí.
Nos dois dias seguintes eu fiz a mesma coisa, apalpei e saí. No quarto dia, entrei, apalpei e peguei uma flor, pois, queria saber o que era duro dentro daquele papel crepom e adivinha o que tinha dentro...BALA DE COCO.
Comi, enrolei o papel da flor vazio e o coloquei lá. Comi quase todas, até que um dia minha vó me pegou com a boca na botija, ou melhor, na flor.
Contou para a Luzia e eu fiquei com medo de ela deixar de gostar de mim. Mas que nada, ela tinha um coração maior que ela.
Pegou as flores com bala que restavam e dividiu entre mim, o Duda e a Jarina.
Luzia também deixou saudades.
Tinha também o motorista da Dna. Lucia, o Sr. Oliveira para a minha vó e a Luzia e para os patrões era o Laurides.
Ele era sisudo e quando estava na casa, ficava limpando o Galaxi vermelho da madrinha do Duda e o Alfa Romeo do Antonio, filho de Dona Lucia.
Eu tinha medo dele, pois quando minha vó não estava perto, ele me dava uns passa fora quando eu chegava perto dos carros. Eu ficava com vontade de abrir o canil pros cachorros morderem ele. Nunca fiz isso porque quem ia sofrer para prendê-los era minha vó. Então eu mostrava a língua pra ele quando minha vó estava conversando com ele e não estava me olhando.
Não sei se ele ainda é vivo.
Houve uma época que a chácara estava em reforma e os donos alugaram uma casa no Itaim Bibi mesmo.
Era um sobradão e tinha as dependências dos empregados que residiam lá: minha avó e a Luzia.
A Luzia era muito boazinha e não lembro de ela comentar sobre parentes a não ser a Jarina. No mais, eu a achava solitária.
Gostava dela, pois ela me dava doces também, me ensinava colocar a mesa, a ordem dos talheres, quando colocar uma lavanda na mesa, enfim eu a considerava da minha família.
Uma vez, durante meu tempo ocioso vi que a porta do quarto da Luzia estava aberta e vi uma bela cesta de flores artificiais, parecendo aquelas flores que a gente chupava o melzinho.
Achei muito bonita, apalpei, vi que a flor era dura, mas saí.
Nos dois dias seguintes eu fiz a mesma coisa, apalpei e saí. No quarto dia, entrei, apalpei e peguei uma flor, pois, queria saber o que era duro dentro daquele papel crepom e adivinha o que tinha dentro...BALA DE COCO.
Comi, enrolei o papel da flor vazio e o coloquei lá. Comi quase todas, até que um dia minha vó me pegou com a boca na botija, ou melhor, na flor.
Contou para a Luzia e eu fiquei com medo de ela deixar de gostar de mim. Mas que nada, ela tinha um coração maior que ela.
Pegou as flores com bala que restavam e dividiu entre mim, o Duda e a Jarina.
Luzia também deixou saudades.
Tinha também o motorista da Dna. Lucia, o Sr. Oliveira para a minha vó e a Luzia e para os patrões era o Laurides.
Ele era sisudo e quando estava na casa, ficava limpando o Galaxi vermelho da madrinha do Duda e o Alfa Romeo do Antonio, filho de Dona Lucia.
Eu tinha medo dele, pois quando minha vó não estava perto, ele me dava uns passa fora quando eu chegava perto dos carros. Eu ficava com vontade de abrir o canil pros cachorros morderem ele. Nunca fiz isso porque quem ia sofrer para prendê-los era minha vó. Então eu mostrava a língua pra ele quando minha vó estava conversando com ele e não estava me olhando.
Não sei se ele ainda é vivo.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Velha infância 6
Minha mãe chama-se Geni e minha avó chamava-se Geny.
Dona Geny, na verdade era tia de minha mãe e a criou. Todas as minhas lembranças de minha vó são muito especiais, pois pra mim ela é uma pessoa especial.
Muita gente me diz, inclusive meu amore Gilberto que fui criada com vó, pois, sou mimada. Não me acho mimada, isso é pura intriga.
Ela era a melhor cozinheira que existiu e minha mãe aprendeu tudo com ela. Mas a comida dela era imcomparável.
Minha mãe conta que ela foi cozinheira na igreja onde ela casou. Minha mãe foi mimada pelos padres da igreja, pois sempre que ela voltava da escola, perguntavam se ela tinha estudado e pediam pra ela levantar a saia e jogavam lá de cima chocolates Kopenhagen (a fábrica era do lado da igreja). Desde criança ela já foi acostumada com o que é bom e minha vó também a mimava.
Eu passava alguns dias das férias com ela na chácara e além de ser mimada, aprontava muito.
Lá vão algumas das minhas artes:
Seu Válter era um senhor vizinho da chácara e tinha um filho adulto, com síndrome de down. Naquela época ser down era motivo de vergonha, por parte das famílias, e preconceito dos demais. Eu não tinha preconceito, eu tinha medo. Minha vó sempre que ele aparecia no portão da chácara e eu estava me dizia fala oi pro Paulinho e eu me escondia atrás dela. Mas ele soltava uns gritos...
Tinha também o Seu Waldemar, dono da mercearia da rua, onde minha vó me mandava comprar cigarros, chokitos e tudo o que eu quisesse. Hoje esta mercearia não existe mais, porém os descendentes do Seu Waldemar criaram um boteco preservando as prateleiras e tudo como era naquele tempo.
As compras da chácara eram feitas nesta mercearia e um dia faltaram ovos e minha vó me mandou ir buscar num pé e voltar noutro. Fui correndo, correndo, que bati o rosto na caixa de correio em frente à banca de jornal. Na hora fiquei tão atordoada que só percebi que tinha batido lá quando a Valéria da banca de jornal veio me socorrer, perguntando se eu tinha me machucado.
Disse que não, mas fiquei com o rosto anestesiado durante todo o dia, mas peguei os ovos e voltei pé ante pé.
O Mazzaropi era vizinho de minha avó. Eu sempre ficava passando em frente à sua casa pois queira vê-lo, mas nunca consegui.
Dona Geny, na verdade era tia de minha mãe e a criou. Todas as minhas lembranças de minha vó são muito especiais, pois pra mim ela é uma pessoa especial.
Muita gente me diz, inclusive meu amore Gilberto que fui criada com vó, pois, sou mimada. Não me acho mimada, isso é pura intriga.
Ela era a melhor cozinheira que existiu e minha mãe aprendeu tudo com ela. Mas a comida dela era imcomparável.
Minha mãe conta que ela foi cozinheira na igreja onde ela casou. Minha mãe foi mimada pelos padres da igreja, pois sempre que ela voltava da escola, perguntavam se ela tinha estudado e pediam pra ela levantar a saia e jogavam lá de cima chocolates Kopenhagen (a fábrica era do lado da igreja). Desde criança ela já foi acostumada com o que é bom e minha vó também a mimava.
Eu passava alguns dias das férias com ela na chácara e além de ser mimada, aprontava muito.
Lá vão algumas das minhas artes:
- Tirava o interfone do gancho e ficava falando baixinho que eu tinha sido sequestrada. Quem passava na rua ouvia tudo;
- Os detergentes naquela época eram só amarelos, então eu pegava um prato fundo, colocava quase metade do tubo de detergente e ficava batendo com o garfo, fingindo estar fazendo omelete;
- Naquela época telefone não era comum e eu era a rainha dos trotes;
- Minha vó fazia bolos fenomenais e fazia também para os cachorros em latinhas de manteiga aviação, eu não queria o nosso bolo, queria o dos cachorros sempre;
- Na copa da chácara tinha queijo Gouda, que adoro e quando eu queria era só pedir à minha vó, mas...eu queria toda hora. Uma vez comecei a entrar na copa sem ninguém ver e com uma faca fazia buracos no queijo, entrava na despensa, mastigava e depois saía. A Dona Lúcia, patroa da minha avó e madrinha do Duda viu os buracos e falou pra minha vó: "Geny, acho que tem rato aqui, olha como está o queijo, joga fora!" E assim, entrei em desespero porque minha vó tirou o queijo, o bolo e tudo o que ficava na mesa da copa para jogar. Eu não queria deixar e falava "vó não joga, deixa que eu como". Mas ela também cria no rato e me falava que ia dar doença. Olha que prejú!
- No quarto do filho da Dona Lúcia e de sua nora Mara tinha um frigobar, com vários chocolates importados...experimentei todos...;
- Assim que for me lembrando de mais coisas vou postando.
Seu Válter era um senhor vizinho da chácara e tinha um filho adulto, com síndrome de down. Naquela época ser down era motivo de vergonha, por parte das famílias, e preconceito dos demais. Eu não tinha preconceito, eu tinha medo. Minha vó sempre que ele aparecia no portão da chácara e eu estava me dizia fala oi pro Paulinho e eu me escondia atrás dela. Mas ele soltava uns gritos...
Tinha também o Seu Waldemar, dono da mercearia da rua, onde minha vó me mandava comprar cigarros, chokitos e tudo o que eu quisesse. Hoje esta mercearia não existe mais, porém os descendentes do Seu Waldemar criaram um boteco preservando as prateleiras e tudo como era naquele tempo.
As compras da chácara eram feitas nesta mercearia e um dia faltaram ovos e minha vó me mandou ir buscar num pé e voltar noutro. Fui correndo, correndo, que bati o rosto na caixa de correio em frente à banca de jornal. Na hora fiquei tão atordoada que só percebi que tinha batido lá quando a Valéria da banca de jornal veio me socorrer, perguntando se eu tinha me machucado.
Disse que não, mas fiquei com o rosto anestesiado durante todo o dia, mas peguei os ovos e voltei pé ante pé.
O Mazzaropi era vizinho de minha avó. Eu sempre ficava passando em frente à sua casa pois queira vê-lo, mas nunca consegui.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Velha infância 5
Meu pai, meu amor, o Sr. Isaque, veio da cidade de Pedrinhas em Sergipe, onde estivemos algumas vezes. Ele foi um lutador, era motorista de caminhão da Adria (fábrica de massas) e viajava todas as terças-feiras e retornava nas sextas-feiras.
Nós sentíamos muita falta dele nesses dias, e torcíamos pra sexta chegar logo.
Tudo o que eu e meus irmãos somos hoje, devemos à ele e à minha mãe. Ele ralou para nos dar o melhor e como ele diz, agradece à minha mãe por ter nos criado tão bem. Obrigada pai. Obrigada mãe.
Quando eu era pequena ele me chamava de baixinha. Hoje ele me chama de Ginuína.
Eu e o Duda dormíamos no mesmo quarto e quando meu pai estava em casa eu sempre gritava. Pai me "imbúia". Ele vinha todo feliz, pedíamos a benção e ele ao apagar a luz sempre falava: "DEITÔ CALÔ SINÃO O CHINELO CANTÔ".
O primeiro carro que ele comprou foi uma Brasília verde abacate. Fomos uma das primeiras famílias a ter carro na rua.
E eu e o Duda nos achávamos o máximo, passear de Brasília, ir buscar minha avó nas folgas dela, ir fazer bate e volta na praia. Pra mim a gente era rico.
Meu pai sempre brincava com a gente e fazia todas as vontades. Ele também sentia falta de passar a semana conosco.
Vi meu pai bravo poucas vezes, uma delas foi quando deu uma surra de cinta no Duda, pois ele não fazia dever de casa e a Dona Leila, sua professora e nossa vizinha mandava bilhetes e o Duda rabiscava de caneta. Espertinho né? Ele só não contava com a astúcia da Dona Leila de ir em casa e falar com a minha mãe, Dona Geni.
Depois que ela saiu de casa, uma sexta-feira, quando meu pai chegou minha mãe contou pra meu pai e ele chamou o Duda no quarto e trancou a porta. Só via a barulho do "reio", como diz meu pai, e o Duda gritando.
Eu fiquei assustada, mas também ri por dentro porque eu sempre apanhava da minha mãe pelas artes do Duda e ele sempre ficava quietinho.
Quando meu pai comprou a Brasília, logo chegaria o dia das mães. Meu pai foi na loja "A Barateira", uma loja perto da delegacia 43, onde meus pais compravam tudo e comprou uma batedeira Wallita pra minha mãe. A batedeira naquela época tinha cores. Ele comprou uma laranja que durou até quando meu irmão Fábio começou a trabalhar e deu uma nova para ela. Detalhe quando meu pai comprou o Fábio nem sonhava em nascer. Voltando, meu pai chegou e nos mostrou o presente escondido no porta malas da Brasília e disse que era presente do dia das mães e nós deveríamos guardar segredo. Conseguimos? Nada!
Depois que meu pai entrou eu e o Duda ficávamos pulando em volta da minha mãe e ela perguntou o porque daquela folia. Eu olhei meu pai e falei o pai comprou uma surpresa que tá dentro do carro.
Sendo assim, entregamos o presente no sábado e no domingo das mães, ficamos com cara de bosta.
A gente tinha sempre a mesma rotina todos os dias como postei anteriormente, porém na sexta-feira, eu e o Duda tínhamos que ajudar minha mãe na faxina quando a gente tava de férias.
Eu passava um limpa vidros da Stanley, lembram que faziam reuniões de produtos desta marca nas casas? O Duda tirava o pós dos móveis com lustra-móveis e minha mãe fazia o resto, mas a gente se sentia muito explorado. Todas as sextas a gente se achava as crianças mais exploradas do mundo.
No final da faxina, minha mãe ia à Mercearia do Seu Domingos e comprava bisnaguinhas Seven Boys, que eu falava Zébenboys, e nos dava café da tarde. Aí era só esperar meu pai chegar e a felicidade estava completa. A gente até esquecia que éramos as crianças mais exploradas do mundo. Até hoje bisnaguinha Seven Boys tem gosto de infância.
Tinha a lojinha da Dona Luzia, mãe da Rilda e do Romildo, esposa do Seu Antonio. Era lá que as mães faziam compras de roupas e brinquedos. Ela vendia na caderneta.
Lá minha mãe comprou a boneca Guigui, que abria e fechava seus braços e ela ria, o Bombeiro Eletrônico que o Duda tem até hoje, uma maleta que era um jogo de pimbolin, um "discobol", que era semelhante aos brinquedos que tem em buffets hoje, que a gente põe uma ficha e a a bola desliza sobre o campo. Enfim muitas coisas foram compradas lá.
Uma vez, a Dona Luzia ficou sócia do Clube de Campo Fazenda e nos convidou para conhecer. Era em Itatiba e fomos com ela e outros vizinhos dela que haviam comprado títulos também. Lá tinha piscinas, chalés, achei um encanto.
Anos mais tarde, no meu segundo emprego trabalhei na cobrança deste clube em um escritório que ficava na Luis Góes e então voltei muitas vezes lá.
Nós sentíamos muita falta dele nesses dias, e torcíamos pra sexta chegar logo.
Tudo o que eu e meus irmãos somos hoje, devemos à ele e à minha mãe. Ele ralou para nos dar o melhor e como ele diz, agradece à minha mãe por ter nos criado tão bem. Obrigada pai. Obrigada mãe.
Quando eu era pequena ele me chamava de baixinha. Hoje ele me chama de Ginuína.
Eu e o Duda dormíamos no mesmo quarto e quando meu pai estava em casa eu sempre gritava. Pai me "imbúia". Ele vinha todo feliz, pedíamos a benção e ele ao apagar a luz sempre falava: "DEITÔ CALÔ SINÃO O CHINELO CANTÔ".
O primeiro carro que ele comprou foi uma Brasília verde abacate. Fomos uma das primeiras famílias a ter carro na rua.
E eu e o Duda nos achávamos o máximo, passear de Brasília, ir buscar minha avó nas folgas dela, ir fazer bate e volta na praia. Pra mim a gente era rico.
Meu pai sempre brincava com a gente e fazia todas as vontades. Ele também sentia falta de passar a semana conosco.
Vi meu pai bravo poucas vezes, uma delas foi quando deu uma surra de cinta no Duda, pois ele não fazia dever de casa e a Dona Leila, sua professora e nossa vizinha mandava bilhetes e o Duda rabiscava de caneta. Espertinho né? Ele só não contava com a astúcia da Dona Leila de ir em casa e falar com a minha mãe, Dona Geni.
Depois que ela saiu de casa, uma sexta-feira, quando meu pai chegou minha mãe contou pra meu pai e ele chamou o Duda no quarto e trancou a porta. Só via a barulho do "reio", como diz meu pai, e o Duda gritando.
Eu fiquei assustada, mas também ri por dentro porque eu sempre apanhava da minha mãe pelas artes do Duda e ele sempre ficava quietinho.
Quando meu pai comprou a Brasília, logo chegaria o dia das mães. Meu pai foi na loja "A Barateira", uma loja perto da delegacia 43, onde meus pais compravam tudo e comprou uma batedeira Wallita pra minha mãe. A batedeira naquela época tinha cores. Ele comprou uma laranja que durou até quando meu irmão Fábio começou a trabalhar e deu uma nova para ela. Detalhe quando meu pai comprou o Fábio nem sonhava em nascer. Voltando, meu pai chegou e nos mostrou o presente escondido no porta malas da Brasília e disse que era presente do dia das mães e nós deveríamos guardar segredo. Conseguimos? Nada!
Depois que meu pai entrou eu e o Duda ficávamos pulando em volta da minha mãe e ela perguntou o porque daquela folia. Eu olhei meu pai e falei o pai comprou uma surpresa que tá dentro do carro.
Sendo assim, entregamos o presente no sábado e no domingo das mães, ficamos com cara de bosta.
A gente tinha sempre a mesma rotina todos os dias como postei anteriormente, porém na sexta-feira, eu e o Duda tínhamos que ajudar minha mãe na faxina quando a gente tava de férias.
Eu passava um limpa vidros da Stanley, lembram que faziam reuniões de produtos desta marca nas casas? O Duda tirava o pós dos móveis com lustra-móveis e minha mãe fazia o resto, mas a gente se sentia muito explorado. Todas as sextas a gente se achava as crianças mais exploradas do mundo.
No final da faxina, minha mãe ia à Mercearia do Seu Domingos e comprava bisnaguinhas Seven Boys, que eu falava Zébenboys, e nos dava café da tarde. Aí era só esperar meu pai chegar e a felicidade estava completa. A gente até esquecia que éramos as crianças mais exploradas do mundo. Até hoje bisnaguinha Seven Boys tem gosto de infância.
Tinha a lojinha da Dona Luzia, mãe da Rilda e do Romildo, esposa do Seu Antonio. Era lá que as mães faziam compras de roupas e brinquedos. Ela vendia na caderneta.
Lá minha mãe comprou a boneca Guigui, que abria e fechava seus braços e ela ria, o Bombeiro Eletrônico que o Duda tem até hoje, uma maleta que era um jogo de pimbolin, um "discobol", que era semelhante aos brinquedos que tem em buffets hoje, que a gente põe uma ficha e a a bola desliza sobre o campo. Enfim muitas coisas foram compradas lá.
Uma vez, a Dona Luzia ficou sócia do Clube de Campo Fazenda e nos convidou para conhecer. Era em Itatiba e fomos com ela e outros vizinhos dela que haviam comprado títulos também. Lá tinha piscinas, chalés, achei um encanto.
Anos mais tarde, no meu segundo emprego trabalhei na cobrança deste clube em um escritório que ficava na Luis Góes e então voltei muitas vezes lá.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Velha infância 4
Conversando com minha amiga da velha infância Adriana, nos lembramos da costureira do bairro, a Dona Aurelina e sua filha Lurdinha. De quebra não podíamos deixar de lembrar da nora da costureira a Irene e de acordo com as palavras da Adriana era a própria bruxa do 71. Ela encrencava com tudo e com todos. Não era uma pessoa querida por ninguém.
Tem também a Dona Lica, seus filhos e netos que brincavam com a gente, o Cássio, o Ricardo e o Marcelo.
A Dona Alice era a catequista de nossa rua. Tinha as gêmeas Márcia e Marci e outros filhos que não lembro o nome agora. Dona Alice tinha atitudes que eu achava não serem católicas e religiosas como a doutrina que ela queria nos ensinar. Ela e sua filha Marci eram catequistas e o curso era em sua casa. Em meu grupo tinha um casal de irmãos portugueses, a Margareth e o Marcelo que moravam na casa mais bonita da Catarina. Eles eram legais, a gente ia tomar sorvete na casa deles enfim, pessoas simples e do bem. No dia das aulas de catecismo a Dona alice fazia todos os alunos tirarem os sapatos para assistir à aula, mas os irmãos portugueses estavam livres disso. Ela sempre dizia que eles estavam gripados. Aí começaram meus questionamentos a respeito do catolicismo.
Tinha a Dona Zefa e seu Agostinho com seus inúmeros filhos. Seu Agostinho tinha um carrinho em que ele pegava sucatas na rua para vender. Sua filha Quitéria também era catequista. Mas quem brincava com a gente era a Sonia.
Sonia hoje mora longe e dificilmente temos notícias dela. Mas em nossa infância ela sempre esteve presente.
Seu pai, seu Agostinho, guardava dinheiro em uma bota e a Sônia descobriu. Foi o melhor tempo da nossa infância, ela desfalcava a bota do pai e comprava doces para mim e para a Adriana. Com esse dinheiro fomos ao cinema, tomamos geladinhos da dona Regina. Um dia a Adriana pegou dinheiro de sua casa para dar à Sonia, mas sua mãe descobriu e adivinha ela tomou uma bela surra. Rsss
Infelizmente a maioria dos filhos de dona Zefa e seu Agostinho tem problemas, mas tem um deles que é uma figura, o Zé. Muita gente o chama de Zé Dema. É triste quando ele tem suas crises, mas ele se torna uma pessoa muito engraçada e às vezes violento.
A cada hora a gente lembra de alguém e assim vou escrevendo para que as lembranças não se percam. Mas vou dedicar um post a cada um que fez parte da minha infância e faz parte da minha vida.
Meus pais, minhas avós maternas (é tive várias), meu avô materno, meus avós paternos, meus irmãos, minhas amigas e amigos e assim as lembranças vêm aflorando e os posts vão tomando corpo.
Não me preocupo com ordem cronológica, somente vou postando as lembranças que me vem.
Tem também a Dona Lica, seus filhos e netos que brincavam com a gente, o Cássio, o Ricardo e o Marcelo.
A Dona Alice era a catequista de nossa rua. Tinha as gêmeas Márcia e Marci e outros filhos que não lembro o nome agora. Dona Alice tinha atitudes que eu achava não serem católicas e religiosas como a doutrina que ela queria nos ensinar. Ela e sua filha Marci eram catequistas e o curso era em sua casa. Em meu grupo tinha um casal de irmãos portugueses, a Margareth e o Marcelo que moravam na casa mais bonita da Catarina. Eles eram legais, a gente ia tomar sorvete na casa deles enfim, pessoas simples e do bem. No dia das aulas de catecismo a Dona alice fazia todos os alunos tirarem os sapatos para assistir à aula, mas os irmãos portugueses estavam livres disso. Ela sempre dizia que eles estavam gripados. Aí começaram meus questionamentos a respeito do catolicismo.
Tinha a Dona Zefa e seu Agostinho com seus inúmeros filhos. Seu Agostinho tinha um carrinho em que ele pegava sucatas na rua para vender. Sua filha Quitéria também era catequista. Mas quem brincava com a gente era a Sonia.
Sonia hoje mora longe e dificilmente temos notícias dela. Mas em nossa infância ela sempre esteve presente.
Seu pai, seu Agostinho, guardava dinheiro em uma bota e a Sônia descobriu. Foi o melhor tempo da nossa infância, ela desfalcava a bota do pai e comprava doces para mim e para a Adriana. Com esse dinheiro fomos ao cinema, tomamos geladinhos da dona Regina. Um dia a Adriana pegou dinheiro de sua casa para dar à Sonia, mas sua mãe descobriu e adivinha ela tomou uma bela surra. Rsss
Infelizmente a maioria dos filhos de dona Zefa e seu Agostinho tem problemas, mas tem um deles que é uma figura, o Zé. Muita gente o chama de Zé Dema. É triste quando ele tem suas crises, mas ele se torna uma pessoa muito engraçada e às vezes violento.
A cada hora a gente lembra de alguém e assim vou escrevendo para que as lembranças não se percam. Mas vou dedicar um post a cada um que fez parte da minha infância e faz parte da minha vida.
Meus pais, minhas avós maternas (é tive várias), meu avô materno, meus avós paternos, meus irmãos, minhas amigas e amigos e assim as lembranças vêm aflorando e os posts vão tomando corpo.
Não me preocupo com ordem cronológica, somente vou postando as lembranças que me vem.
Velha infância 3
No post anterior, esqueci de falar da Dona Judite e "Seu Bastião", padrinhos do meu irmão Fábio. Eles eram avós da Gilmeire e da Gisele, que nesta época moravam em Guaianases.
Entre a casa de meus pais e a deles tinha um terreno que seu Bastião tomava conta para seu primo Serafim, que a Gilmeire falava Sarafim. Neste terreno, ele guardava sua perua e tinha um barracão de ferramentas e quando a Gilmeire vinha nas férias brincávamos de casinha e corríamos atrás das galinhas e seus pintinhos.
Eu e meu irmão Eduardo, o Duda, acordávamos todos os dias às 5 da manhã, com o seu Bastião ligando sua perua e dando várias aceleradas pra ela esquentar. Afff
Ao lado da casa da Dona Judite, onde hoje tem uma "puta" casa era um terreno baldio que todos chamávamos de mato, pois era depósito de entulho, lixo e tinha muito mato. Era lá que a gente se escondia quando brincava de esconde-esconde e quando a gente ia jogar pedras na casa da Dona Laís, que dava fundos para o mato, toda vez que o Silvinho nos enchia.
Essas pedras sempre acabavam com a Dona Laís indo reclamar e a gente levando uns tapas da minha mãe Geni. Mas tudo isso era legal.
É difícil escrever sobre pessoas que já desapareceram, é triste, mas é o ciclo natural da vida.
Tinha também a esquina da Dona Dirce, mãe do Pedrinho e do Alfredo, dois rapazes bem apessoados e que trabalhavam no banco. Isso era muito chique e dava status naquela época.
Eu e a Cleusa sempre brincávamos de casinha nesta esquina, depositando nossos pratinhos, panelinhas e joguinhos de chá, varríamos o chão e invariavelmente o chato do Luiz Carlos vinha e chutava tudo.
Uma vez dei uma pedrada bem no meio da testa dele, fez um furo e sangrou. Vcs acreditam que apanhei por isso? Tenho certeza que toda a criançada da rua se sentiu vingada. Mãe muita injustiça ter apanhado por fazer justiça.
Quem participava sempre de nossas brincadeiras era a saudosa Andréia, neta da Dona Alzira, outra vizinha nossa.
Ah e tinha mais e mais crianças na rua, a televisão era escassa nesta época...rsss
Tinha a Simone, o Américo, o Marcos (Well) e depois de um tempão o Sérgio. Filhos do saudoso Ademar e da Gilda.
Moraram também em nossa rua o André, seu irmão Rosco (não sei o nome, foi o Fábio que deu este apelido por causa da série Os Gatões).
Nossa casa é de esquina e não era como é hoje, os muros eram baixos, eram 2 quartos, sala, cozinha e banheiro e a porta da cozinha não tinha chave. A gente fechava com "tramela", invenção do meu pai e meu amor maior Isaque. Meus pais tinham na rua particular uma casa que alugavam, primeiro pra Zéfinha de Pedrinhas-SE (ela ficava 40 dias sem levantar, sem tomar banho e sem lavar os cabelos depois do parto), minha mãe ajudava essa coitada. Depois veio a Graça e seus 3 filhos e depois a Solange, a Etelvina e o Vicente. Agora esta casa foi derrubada e hoje é o Bar do Isaque!!!!!
Entre a casa de meus pais e a deles tinha um terreno que seu Bastião tomava conta para seu primo Serafim, que a Gilmeire falava Sarafim. Neste terreno, ele guardava sua perua e tinha um barracão de ferramentas e quando a Gilmeire vinha nas férias brincávamos de casinha e corríamos atrás das galinhas e seus pintinhos.
Eu e meu irmão Eduardo, o Duda, acordávamos todos os dias às 5 da manhã, com o seu Bastião ligando sua perua e dando várias aceleradas pra ela esquentar. Afff
Ao lado da casa da Dona Judite, onde hoje tem uma "puta" casa era um terreno baldio que todos chamávamos de mato, pois era depósito de entulho, lixo e tinha muito mato. Era lá que a gente se escondia quando brincava de esconde-esconde e quando a gente ia jogar pedras na casa da Dona Laís, que dava fundos para o mato, toda vez que o Silvinho nos enchia.
Essas pedras sempre acabavam com a Dona Laís indo reclamar e a gente levando uns tapas da minha mãe Geni. Mas tudo isso era legal.
É difícil escrever sobre pessoas que já desapareceram, é triste, mas é o ciclo natural da vida.
Tinha também a esquina da Dona Dirce, mãe do Pedrinho e do Alfredo, dois rapazes bem apessoados e que trabalhavam no banco. Isso era muito chique e dava status naquela época.
Eu e a Cleusa sempre brincávamos de casinha nesta esquina, depositando nossos pratinhos, panelinhas e joguinhos de chá, varríamos o chão e invariavelmente o chato do Luiz Carlos vinha e chutava tudo.
Uma vez dei uma pedrada bem no meio da testa dele, fez um furo e sangrou. Vcs acreditam que apanhei por isso? Tenho certeza que toda a criançada da rua se sentiu vingada. Mãe muita injustiça ter apanhado por fazer justiça.
Quem participava sempre de nossas brincadeiras era a saudosa Andréia, neta da Dona Alzira, outra vizinha nossa.
Ah e tinha mais e mais crianças na rua, a televisão era escassa nesta época...rsss
Tinha a Simone, o Américo, o Marcos (Well) e depois de um tempão o Sérgio. Filhos do saudoso Ademar e da Gilda.
Moraram também em nossa rua o André, seu irmão Rosco (não sei o nome, foi o Fábio que deu este apelido por causa da série Os Gatões).
Nossa casa é de esquina e não era como é hoje, os muros eram baixos, eram 2 quartos, sala, cozinha e banheiro e a porta da cozinha não tinha chave. A gente fechava com "tramela", invenção do meu pai e meu amor maior Isaque. Meus pais tinham na rua particular uma casa que alugavam, primeiro pra Zéfinha de Pedrinhas-SE (ela ficava 40 dias sem levantar, sem tomar banho e sem lavar os cabelos depois do parto), minha mãe ajudava essa coitada. Depois veio a Graça e seus 3 filhos e depois a Solange, a Etelvina e o Vicente. Agora esta casa foi derrubada e hoje é o Bar do Isaque!!!!!
Velha Infância 2
Nesta antiga Vila Santa Catarina passaram muitas pessoas em nossa vida, mas naquela época a gente nem se dava conta do amanhã só queríamos brincar.
A Tereza e seus filhos Hélder e Vítor, a Dona Laís com todos os seus, mas convivi mais com o Silvinho e o Betinho, a saudosa Dona Luci, sua fantástica salada de maionese e seus filhos Joaquim, que eu chamava de Tatinho, Paulo, que hoje é Odissey e o Luís Carlos, o encrenqueiro de plantão. Tinha também a Dona Ady e seus filhos Carlos, que a gente chamava de Gordo, a Cláudia e a Cleusa. Ah, na época da novela Estúpido Cupido, o Gordo organizava concursos onde nós éramos as misses, mas eu queria ser sempre a Maria Tereza Motta (mocinha da novela). A Téia, com o Maurício, a Luciene, o Márcio e bem depois o Luciano. A Ester, com o Vado, o Tuti e a Nana, a Graça com o Edson, a Silvana e o Júlio, a Alderize com a Adriana, o Humberto e depois a raspinha Gabriela. A Dona Neusa com seus gêmeos David e Daniel, a Loide e a Lúcia e o Luciano. A Dona Imaculada e os gêmeos Eduardinho e Nina. A saudosa Dona Carminha e sua Inês, Ciro, Milton, Carlindinho e André. O tempo foi passando, a gente crescendo e novos vizinhos vieram nos fazer companhia nas brincadeiras.
Desculpe se esqueci de alguém, mas a gente "causava" na rua 3. É, era assim que nossa rua Barão de Santa Marta se chamava. Da nossa casa a gente via a pista do aeroporto de Congonhas e ficávamos sentados por horas na calçada do Luciano, encantados com o vaívem dos aviões. Hoje os prédios não nos deixam mais ter esta visão. Ficamos somente com o barulho, que já nem ouvimos mais. Acostumamos.
Depois da EMEI Machado de Assis, íamos estudar o primário e ginásio no Comenius. Quando entrei lá era uma escola feia e descuidada que tinha como diretora a Dona Ester Góes, depois o Sr. José. Ela sempre era invadida pela turma do Tutinha (uma turma de trombadinhas), que era extremamente temida, mas aos poucos ela foi sendo extinta.
Quando eu estava na terceira série entrou um novo Diretor no Comenius, o temido "Seu Antonio", ele trabalhou tão bem e nos ensinou a disciplina que a escola foi reconhecida pelo governo de SP como Escola Modelo e introduziu o ensino de segundo grau na escola. "Seu Antônio" dava chacoalhões se a gente não estivesse alinhado na fila, falava bravo, cuspindo pra todo lado e chamava as meninas de Maria e os meninos de Zé. Dava também uns pedala Robinho nos mais bagunceiros.
Mesmo com sua truculência ele era querido e hoje digo que ele foi um educador nato, pois colocou muitas crianças no eixo e fez o Comenius ser uma escola padrão.
Muitos anos depois, na época da faculdade, cruzei com o "Seu Antônio" de novo, mas na posição de professora. É, eu dava aulas de química pra ajudar a pagar a faculdade. Ele já estava meio velho e doente, mas com a energia de sempre.
Se aposentou e vieram outros diretores e todo o trabalho que ele fez está se esvaindo. Creio que não por culpa da direção e professores, mas o perfil das crianças e adolescentes mudou. A formação dos professores não. Uma pena.
A Tereza e seus filhos Hélder e Vítor, a Dona Laís com todos os seus, mas convivi mais com o Silvinho e o Betinho, a saudosa Dona Luci, sua fantástica salada de maionese e seus filhos Joaquim, que eu chamava de Tatinho, Paulo, que hoje é Odissey e o Luís Carlos, o encrenqueiro de plantão. Tinha também a Dona Ady e seus filhos Carlos, que a gente chamava de Gordo, a Cláudia e a Cleusa. Ah, na época da novela Estúpido Cupido, o Gordo organizava concursos onde nós éramos as misses, mas eu queria ser sempre a Maria Tereza Motta (mocinha da novela). A Téia, com o Maurício, a Luciene, o Márcio e bem depois o Luciano. A Ester, com o Vado, o Tuti e a Nana, a Graça com o Edson, a Silvana e o Júlio, a Alderize com a Adriana, o Humberto e depois a raspinha Gabriela. A Dona Neusa com seus gêmeos David e Daniel, a Loide e a Lúcia e o Luciano. A Dona Imaculada e os gêmeos Eduardinho e Nina. A saudosa Dona Carminha e sua Inês, Ciro, Milton, Carlindinho e André. O tempo foi passando, a gente crescendo e novos vizinhos vieram nos fazer companhia nas brincadeiras.
Desculpe se esqueci de alguém, mas a gente "causava" na rua 3. É, era assim que nossa rua Barão de Santa Marta se chamava. Da nossa casa a gente via a pista do aeroporto de Congonhas e ficávamos sentados por horas na calçada do Luciano, encantados com o vaívem dos aviões. Hoje os prédios não nos deixam mais ter esta visão. Ficamos somente com o barulho, que já nem ouvimos mais. Acostumamos.
Depois da EMEI Machado de Assis, íamos estudar o primário e ginásio no Comenius. Quando entrei lá era uma escola feia e descuidada que tinha como diretora a Dona Ester Góes, depois o Sr. José. Ela sempre era invadida pela turma do Tutinha (uma turma de trombadinhas), que era extremamente temida, mas aos poucos ela foi sendo extinta.
Quando eu estava na terceira série entrou um novo Diretor no Comenius, o temido "Seu Antonio", ele trabalhou tão bem e nos ensinou a disciplina que a escola foi reconhecida pelo governo de SP como Escola Modelo e introduziu o ensino de segundo grau na escola. "Seu Antônio" dava chacoalhões se a gente não estivesse alinhado na fila, falava bravo, cuspindo pra todo lado e chamava as meninas de Maria e os meninos de Zé. Dava também uns pedala Robinho nos mais bagunceiros.
Mesmo com sua truculência ele era querido e hoje digo que ele foi um educador nato, pois colocou muitas crianças no eixo e fez o Comenius ser uma escola padrão.
Muitos anos depois, na época da faculdade, cruzei com o "Seu Antônio" de novo, mas na posição de professora. É, eu dava aulas de química pra ajudar a pagar a faculdade. Ele já estava meio velho e doente, mas com a energia de sempre.
Se aposentou e vieram outros diretores e todo o trabalho que ele fez está se esvaindo. Creio que não por culpa da direção e professores, mas o perfil das crianças e adolescentes mudou. A formação dos professores não. Uma pena.
Velha infância 1
Nasci, cresci e me tornei gente de verdade na Vila Santa Catarina. Era bem diferente da Catarina de hoje, com seus bancos, mini-shoppings, Mc Donalds e toda uma infraestrutura para que, se quisermos, nem saimos de lá.
Cresci numa Catarina de ruas de terra, em que só existia a padaria da Coriolano Durand. Meus pais faziam compras no Gonçalves Sé (atual Pão de Açucar Washington Luiz) e lá a gente comia coxinha e voltava de perua, pois ainda não tínhamos carro. Ah e as famílias se uniam pra fazer as compras e economizar na perua. Saudades...
Todas as crianças estudavam na EMEI Machado de Assis e não tinha o "luxo" da perua escolar, a gente ia e voltava a pé debaixo de sol ou chuva.
Todo início de ano a gente ia tirar foto 3x4 para as matrículas escolares no fotógrafo da antiga Souza Dantas, pois só existia ele e as fotos eram em preto e branco.
A gente brincava de esconde-esconde, queimada, pega-ladrão, jogava taco e presentes nós lá de casa só tínhamos no aniversário, dia das crianças e natal. Até que a gente era privilegiado, pois, a maioria da criançada só ganhava no natal.
Tudo o que acontecia na rua era uma festa pra nós. Tínhamos horário pra tudo: hora de ir pra escola, hora de almoçar, hora de fazer dever, A HORA DE BRINCAR e às 17h00 entrar pra dentro, tomar banho, jantar, assistir TV (Parecia um caixote e era em PB) e dormir para no dia seguinte começar tudo de novo.
Meu irmão Eduardo e eu vivemos exatamente desta forma, já o Fábio e a Nathália vieram numa época de mais progresso e mais facilidades. Afinal são 8 e 18 anos de diferença entre eu e eles, respectivamente.
Apesar da diferença, alguns costumes e valores de meus pais foram passados igualmente aos filhos. Íamos à missa na igrejinha velha N.S.Catarina que foi destruída e devia ter sido tombada, fizemos catecismo, minha irmã prosseguiu fazendo crisma e até foi anjo do Pe. Marcelo. A dona Joanília, mãe da Gisele, minha amiga e dinda de casamento a chamava de anjo Nathália, sempre achei muito engraçado.
Meus pais sempre priorizaram nossos estudos, procuraram sempre nos mostrar que existia um caminho bom e um ruim e que devíamos seguir sempre o caminho bom mesmo que ele fosse mais difícil e extenso.
Hoje comecei a contar de verdade as "Histórias de Regina" e olha que vai dar página pra escrever, mas espero que eu consiga expressar sempre tudo o que vivi. Até o próximo post!
Cresci numa Catarina de ruas de terra, em que só existia a padaria da Coriolano Durand. Meus pais faziam compras no Gonçalves Sé (atual Pão de Açucar Washington Luiz) e lá a gente comia coxinha e voltava de perua, pois ainda não tínhamos carro. Ah e as famílias se uniam pra fazer as compras e economizar na perua. Saudades...
Todas as crianças estudavam na EMEI Machado de Assis e não tinha o "luxo" da perua escolar, a gente ia e voltava a pé debaixo de sol ou chuva.
Todo início de ano a gente ia tirar foto 3x4 para as matrículas escolares no fotógrafo da antiga Souza Dantas, pois só existia ele e as fotos eram em preto e branco.
A gente brincava de esconde-esconde, queimada, pega-ladrão, jogava taco e presentes nós lá de casa só tínhamos no aniversário, dia das crianças e natal. Até que a gente era privilegiado, pois, a maioria da criançada só ganhava no natal.
Tudo o que acontecia na rua era uma festa pra nós. Tínhamos horário pra tudo: hora de ir pra escola, hora de almoçar, hora de fazer dever, A HORA DE BRINCAR e às 17h00 entrar pra dentro, tomar banho, jantar, assistir TV (Parecia um caixote e era em PB) e dormir para no dia seguinte começar tudo de novo.
Meu irmão Eduardo e eu vivemos exatamente desta forma, já o Fábio e a Nathália vieram numa época de mais progresso e mais facilidades. Afinal são 8 e 18 anos de diferença entre eu e eles, respectivamente.
Apesar da diferença, alguns costumes e valores de meus pais foram passados igualmente aos filhos. Íamos à missa na igrejinha velha N.S.Catarina que foi destruída e devia ter sido tombada, fizemos catecismo, minha irmã prosseguiu fazendo crisma e até foi anjo do Pe. Marcelo. A dona Joanília, mãe da Gisele, minha amiga e dinda de casamento a chamava de anjo Nathália, sempre achei muito engraçado.
Meus pais sempre priorizaram nossos estudos, procuraram sempre nos mostrar que existia um caminho bom e um ruim e que devíamos seguir sempre o caminho bom mesmo que ele fosse mais difícil e extenso.
Hoje comecei a contar de verdade as "Histórias de Regina" e olha que vai dar página pra escrever, mas espero que eu consiga expressar sempre tudo o que vivi. Até o próximo post!
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Saber amar
Quando a gente ama alguém, não significa que todos os dias serão cheios de flores, alegrias, beijos. Pra mim, amar é você poder compartilhar suas alegrias, suas tristezas, seu dia-a-dia, saber ouvir, pois o outro tem a mesma necessidade de compartilhar.
Amar é buscar um mesmo objetivo, mesmo com visões diferentes e comemorar as vitórias, os fracassos é a alegria de ter uma companhia, é ter alguém pra dormir agarradinho e às vezes nem querer olhar na cara.
Definição de amor: "Saber amar, saber deixar alguém te amar". Sem cobranças, sem perder a individualidade, os amigos é ter paz, mesmo nas piores tempestades, pois, sabemos que temos onde aportar.
Idéia
Hoje, minha amiga da velha infância Adriana me deu uma big idéia. Ela está escrevendo um blog. Achei o máximo.
Como tenho muitos escritos, muitas coisas que me aconteceram, que vivi, minhas angústias, meus momentos de introspecção, minhas alegrias, meus amores e a famosa história de Helena (outra amiga da velha infância), uma mulher a frente de seu tempo, resolvi deixar o papel de lado e me expressar aqui. Espero que gostem...
Como tenho muitos escritos, muitas coisas que me aconteceram, que vivi, minhas angústias, meus momentos de introspecção, minhas alegrias, meus amores e a famosa história de Helena (outra amiga da velha infância), uma mulher a frente de seu tempo, resolvi deixar o papel de lado e me expressar aqui. Espero que gostem...
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